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Atualizado 24 de março de 2025 por Sergio A. Loiola

Pesquisadores do Japão descobriram uma proteína, denominada AP2A1, que seria responsável pelo processo de envelhecimento. Se ela for bloqueada, o envelhecimento celular pode ser retardado ou até mesmo revertido. Um marco para a prevenção de muitas doenças, e o prolongamento da vida saudável.

O estudo focou na reorganização de fibras de estresse de actina induzidas na senescência replicativa em fibroblastos humanos, amplamente utilizadas como um modelo de célula senescente. Identificamos, junto com nosso estudo proteômico anterior, que AP2A1 (subunidade alfa 1 adaptina da proteína adaptadora 2) é regulada positivamente em células senescentes ao longo do comprimento de fibras de estresse aumentadas. A redução de AP2A1 reverteu fenótipos associados à senescência, exibindo características de rejuvenescimento celular, enquanto sua superexpressão em células jovens avançou os fenótipos de senescência. Imagem: do artigo

Durante o processo de envelhecimento, as células tornam-se gradualmente mais inativas. Elas não se dividem mais, mas também não morrem. Essa condição é conhecida como senescência ou envelhecimento ao nível celular.

As células senescentes não são apenas mais velhas, mas também significativamente maiores. Isso provavelmente se deve às proteínas que engrossam as chamadas fibras de estresse nas paredes das células, tornando-as mais imóveis.

Proteína AP2A1 torna as células maiores e mais inativas

No estudo, os pesquisadores focaram na proteína AP2A1, que é predominantemente encontrada em células senescentes. Para testar a hipótese de que a proteína tinha papel-chave no envelhecimento, os pesquisadores modularam a expressão da AP2A1 em células jovens e envelhecidas.

“A supressão da AP2A1 em células mais velhas reverteu a senescência e promoveu a renovação celular, enquanto a superexpressão da AP2A1 em células jovens acelerou a senescência”, diz Shinji Deguchi, outro autor do estudo.

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Aumento da expressão da proteína AP2A1 em células senescentes. (A, B) Western blot de AP2A1 no lisado de células inteiras (A;  N  = 3 experimentos independentes) e em fibras de estresse extraídas (B;  N  = 3 experimentos independentes). (C, D) Quantificação da expressão de AP2A1 nos lisados ​​de células inteiras (C) e fibras de estresse extraídas (D). (E) Imunocoloração de AP2A1 endógeno (magenta) e filamentos de actina em fibras de estresse (faloidina, verde). (F) Coeficiente de correlação de Pearson para avaliar a colocalização de AP2A1 e filamentos de actina (
n  = 20 células). (G) Imagem SIM reconstruída em 3D de AP2A1 e filamentos de actina em fibras de estresse (faloidina) na célula P30. Os retângulos em amarelo são ampliados para mostrar o detalhe. Escala, 5 μm; 1 μm para as imagens ampliadas. Imagem do Artigo

•A eliminação do AP2A1 reverte a senescência, promovendo características de rejuvenescimento celular.

•AP2A1 colocaliza-se com integrina β1, possivelmente reforçando adesões focais.

•AP2A1 é elevado em fibroblastos senescentes e células epiteliais induzidas por UV e drogas.

•AP2A1 é um marcador potencial e alvo para doenças relacionadas à senescência e ao envelhecimento.

Certamente levará algum tempo até que as descobertas encontrem aplicação prática.

Contudo, ao contrário de muitos produtos antienvelhecimento, elas poderiam de fato contribuir para uma vida mais longa e uma saúde melhor, tratando não apenas os sintomas típicos do envelhecimento, mas também as causas celulares do processo.

Política de Uso 

A reprodução de matérias é livre mediante a citação do título do texto com link apontando para este texto. Crédito do site Nature & Space 

PREVENÇÃO DE DOENÇAS: DESCOBERTA PROTEÍNA QUE ENVELHECE

Fonte

Cellular Signalling

AP2A1 modulates cell states between senescence and rejuvenation

DW

Estudo identifica proteína responsável por envelhecimento

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