Atualizado 26 de abril de 2025 por Sergio A. Loiola
Pesquisa indica que desempenho em treinos de musculação a partir de dietas com proteínas de variadas origens animal e vegetal são bastante idênticos. Os resultados sugerem que não houve diferença na forma como o músculo sintetizou as diferentes fontes de proteína nas dietas.
Significa que ser Onívoro, ou Vegano, não apresentou diferença na construção muscular após o treino com pesos, segundo estudo. è importante frisar que a pesquisa foi realizada com exercícios de resistência em homens e mulheres jovens saudáveis.
“A crença de longa data ou o dogma atual era que fontes de proteína de origem animal eram melhores, especialmente para a resposta de construção muscular”, Nicholas Burd, pesquisador principal
A Pesquiza foi realisada por cientistas da Universidade de Illinois, coordenada po Nicholas Burd. O estudo foi publicado na Revista Medicine and Science in Sports and Exercise.
Lei mais:
PROTEÍNA VEGETAL AUMENTA EXPECTATIVA DE VIDA EM ADULTOS
Síntese de proteína muscular em resposta a dieta variada de proteína vegetal e animal

Conforme os pesquisadores, a ingestão de proteínas estimula as taxas de Síntese Proteica Muscular (SPM) para auxiliar a renovação da massa proteica do músculo esquelético.
No entanto, os padrões alimentares consistem em uma variedade de alimentos proteicos com diferentes composições de aminoácidos, consumidos em diversas refeições ao longo do dia.
Em função desse metabolismo, existem a questões e mitos sobre o uso de cada tipo de proteínas no resultado e desemplenho de exercícios de resitência.
Três questões sobre a síntese de proteína muscular em resposta a uma dieta de nove dias e um regime de treinamento com pesos foram inverstigadas:
1- Primeiro, a fonte de proteína — vegetal ou animal — faz alguma diferença no ganho muscular?
2- Segundo, importa se a ingestão diária total de proteína é distribuída uniformemente ao longo do dia?
3- E terceiro, uma ingestão diária moderada, mas suficiente, de proteína influencia alguma dessas variáveis?
A resposta para todas as três perguntas é “não”, descobriram os pesquisadores.
Veremos por que a seguir
A partir dests questões a pesquisa se propôs a determinar o efeito dos padrões alimentares de onivoros e veganos a distribuição de proteínas (balanceada [B] e desbalanceada [UB]) na regulação das mudanças nas taxas diárias de síntese de proteínas miofibrilares durante uma intervenção de treinamento de resistência de 9 dias.
Leia mais:
TESTE REDUZIU IDADE BIOLÓGICA 15 ANOS AO RETIRAR 3 ALIMENTOS
A Pesquisa
Os Pesquisadores recrutaram 40 participantes fisicamente ativos – 28 homens e 12 mulheres – com idades entre 20 e 40 anos, que participaram de uma “dieta de habituação” de sete dias para redefinir seus corpos antes do teste de proteína.

Em seguida, eles foram aleatoriamente designados para um plano alimentar vegano ou onívoro de nove dias, elaborado pelos cientistas.
A dieta onívora continha pelo menos 70% de proteína animal e incluía carne bovina, suína, frango, laticínios e ovos.
A dieta vegana deu atenção especial ao teor de aminoácidos, para garantir que as proteínas vegetais fossem completas e comparáveis às fontes animais.
No geral, os participantes consumiram cerca de 1,1 a 1,2 gramas de proteína por quilo de peso corporal por dia.
Em seguida, os grupos foram divididos ainda mais:
Alguns participantes comeram aproximadamente a mesma quantidade de proteína em três refeições por dia, enquanto outros tiveram porcentagens variadas de proteína em cinco refeições no mesmo período, com a maior quantidade no final do dia.
Durante esse período, todos realizaram exercícios de fortalecimento muscular com pesos a cada três dias no laboratório. Acelerômetros também monitoraram a atividade física fora do ambiente do laboratório.
Além disso, os participantes beberam água “pesada” ou deuterada (D20) todos os dias, o que é uma forma comum de monitorar a síntese metabólica de proteínas e aminoácidos, para avaliar como o corpo estava utilizando a proteína ingerida.
Dessa forma, a equipe conseguiu observar como essa proteína estava sendo utilizada pelo tecido muscular do corpo.
Quando biópsias dos músculos das pernas foram coletadas ao final do estudo e comparadas com amostras anteriores ao início do experimento, o pesquisador principal Nicholas Burd ficou surpreso com os resultados.
Não houve diferenças na forma como o músculo sintetizou as duas fontes de proteína nas dietas, nem houve impacto na incorporação uniforme de proteína nas refeições ao longo do dia. pesquisador principal Nicholas Burd
A Pesquisa desconscruiu a hipótese comumente aceita de que porteína animal teria melhores resultados para treinos
“Acreditava-se que seria melhor obter um fornecimento constante de nutrientes ao longo do dia”, disse Burd. “Também pensei que, se você estivesse ingerindo uma proteína de menor qualidade – em termos de digestibilidade e teor de aminoácidos – talvez a distribuição fizesse diferença. E, surpreendentemente, mostramos que isso não importa.”

Se você já tentou descobrir qual proteína e quando, na tentativa de maximizar o crescimento e a força muscular, sabe que a literatura sobre o assunto pode ser extensa.
Este estudo mostra que não, não importa qual é a fonte da proteína, nem se a quantidade é consumida uma única vez ou dividida entre as refeições ao longo do dia.
“A crença de longa data ou o dogma atual era que fontes de proteína de origem animal eram melhores, especialmente para a resposta de construção muscular”, disse Burd.
Grande parte da ciência anterior provém de estudos que compararam eventos únicos de ingestão de proteína seguidos de análise do tecido muscular. Nesses estudos, descobriu -se que a proteína animal é sintetizada mais rapidamente.
“E assim, nossa hipótese geral baseada nesses estudos anteriores era que o padrão alimentar baseado em animais seria mais eficaz no suporte à resposta de construção muscular”, acrescentou.
No entanto, essa pesquisa desconstruiu essa hipótese inicial. Este estudo mais recente também refletiu melhor a ingestão de proteína no mundo real do que pesquisas anteriores.
Um estudo anterior de longo prazo, com duração de 10 semanas, também não havia demonstrado diferença significativa na construção muscular em participantes com dietas à base de animais ou vegetais. Mas exigiu que as pessoas consumissem muito mais proteína do que o necessário (1,6 a 1,8 gramas de proteína por quilo de peso corporal).
Os participantes veganos também receberam a maior parte de sua proteína na forma de suplementos, o que é uma comparação ruim com dietas focadas em proteína de alimentos integrais.
“Nossos resultados demonstraram que a ação anabólica dos padrões alimentares de origem animal e vegana é semelhante”, escreveram os pesquisadores. “Além disso, não há influência regulatória da distribuição entre os dois padrões alimentares na estimulação das taxas de síntese de proteínas miofibrilares em adultos jovens.”
Embora os frequentadores de academia ainda possam elogiar seu shake de whey pós-treino, Burd disse que o melhor é simplesmente “aquele tipo que você coloca na boca depois do exercício”.
“Desde que você esteja consumindo proteína de alta qualidade suficiente na sua alimentação, isso realmente não faz diferença”, acrescentou.
Política de Uso
É Livre a reprodução de matérias mediante a citação do título do texto com link apontando para este texto. Crédito do site Nature & Space
PROTEÍNA VEGETAL E ANIMAL TÊM EFEITO IDÊNTICO NOS MUSCULOS
Bibliografia
Revista Medicine and Science in Sports and Exercise
Universidade de Illinois
Omnivore? Vegan? No Difference in Muscle Building After Weight Training, Study Finds
New Atlas
The best protein source for muscle building might surprise you