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Atualizado 15 de maio de 2025 por Sergio A. Loiola

Christopher Kiehl e colegas da Universidade do Colorado, EUA, levaram a exploração do magnetismo atômico ao limite: construíram uma bússola cuja “agulha” é um único átomo.

Kiehl e sua equipe descobriram uma nova maneira de medir a orientação de campos magnéticos usando um único átomo, o que deverá permitir a miniaturização definitiva das bússolas.

Alem disso, permite criar uma série de novos sensores que operam no regime quântico, desde eletrodos que mapeiam a atividade do cérebro humano, Exames na medicina, biologia, até dispositivos para melhorar a navegação dos aviões.

A equipe já está desenvolvendo seus sensores para uso em equipamentos médicos, como esse capacete composto por mais de 100 magnetômetros atômicos. Imagem: FieldLine Inc.

O artigo foi publicado na Revista Optica.

A tecnologia da bussola atômica é uma nova fronteira da Spintrônica, usada tambem em alguns tipos de qubits. Ela baseia-se na exploração do spin dos átomos e algumas partículas subatômicas, um “giro” que é uma propriedade de natureza magnética.

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Representação artística da medição da direção de campos magnéticos expondo átomos de rubídio a um sinal de micro-ondas. [Imagem: Steven Burrows/JILA]

Magnetômetro atômico mede intensidade e direção

Não é simples medir campos magnéticos no mar de magnetismo em que vivemos, do campo magnético da Terra aos minúsculos pulsos de energia magnética que são liberados cada vez que um dos nossos.

neurônios dispara. E também não dá para simplesmente pegar um átomo com uma pinça e sair usando-o para fazer medições por aí.

A equipe resolveu as duas coisas usando uma pequena câmara fria contendo bilhões de átomos do elemento rubídio, na forma de vapor.

Exemplo da metodologia de medição com busola atômica.  (a) Oscilação de Rabi e sequências de pulso SPaR medidas em (α,β)=(0∘,57∘). (b) Um diagrama de tempo das sequências de medição Rabi, SPaR e FID utilizadas para avaliar a precisão e a sensibilidade do vetor. Todas as medições Rabi, SPaR e FID são realizadas dentro de umtR+ΔtFEUD=
430msperíodo. As rotações do campo magnético (seta azul) e a desativação do aquecimento elétrico são iniciadas 1 s e 40 ms antes de cada período de medição para minimizar as correntes parasitas durante a aquisição. Todas as 12 medições Rabi e SPaR, correspondentes às três configurações MPE e quatro transições hiperfinas, são repetidas 10 vezes cada. Imagem do Artigo

Existiam sensores magnéticos spintrônicos, mas eles só eram capazes de medir a intensidade do campo magnético.

A novidade agora é que o novo sensor consegue medir a direção em que o campo magnético está apontando, e fazer isso sem qualquer necessidade de calibração prévia com um campo magnético de referência.

Isto foi feito usando uma antena de micro-ondas como referência, o que permite que os próprios átomos corrijam quaisquer mudanças na referência ao longo do tempo.

Ao receber o sinal de micro-ondas, a estrutura interna de cada átomo “balança” ligeiramente, uma espécie de dança que traz muitas informações.

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É Livre a reprodução de matérias mediante a citação do título do texto com link apontando para este texto. Crédito do site Nature & Space  

BÚSSOLA DE UM ÁTOMO REVOLUCIONA EXAMES, NAVEGAÇÃO, SENSORES

Bibliografia

Artigo: Accurate vector optically pumped magnetometer with microwave-driven Rabi frequency measurements
Autores: Christopher Kiehl, Thanmay S. Menon, Svenja Knappe, Tobias Thiele, Cindy A. Regal
Revista: Optica
Vol.: 12, Issue 1, pp. 77-87
DOI: 10.1364/OPTICA.542502

Inovação Tecnológica

Bússolas atômicas vão melhorar imagens cerebrais, navegação e muito mais

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