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Essa nova classe de tintas são geradas por um fenômeno físico, com cores cores denominadas físicas, ou cores estruturais.

Pesquisadores finalmente conseguiram produzir uma tinta baseada em cores estruturais, criando uma alternativa ambientalmente amigável porque, em vez de moléculas sintetizadas artificialmente, todas as cores estruturais podem ser geradas usando apenas metais ou óxidos metálicos, de maior acessibilidade.

Essa nova tinta é diferente das tintas convencionais, que são baseadas em pigmentos, ou corantes, que controlam a absorção de luz com base na propriedade eletrônica da molécula do pigmento, em que cada cor precisa de uma nova molécula. Exigindo a extração e tratamento químico com alto custo de energia e materiais.

Estas são borboletas de papel, pintadas com a tinta plasmônica – as borboletas reais serviram de inspiração para a criação da tinta sem pigmento. [Imagem: Pablo Cencillo-Abad et al. – 10.1126/sciadv.adf7207]

Tinta plasmônica

Pablo Cencillo e seus colegas da Universidade Central da Flórida conseguiram esse feito longamente sonhado criando as nanoestruturas produtoras de cor, liberando-as do seu substrato e então diluindo-as em um ligante comercial.

A nova tinta gera suas cores graças a quasipartículas chamadas plásmons de superfície, que são ondas de elétrons que surgem em superfícies metálicas quando elas são atingidas pela luz – por isso ela é chamada de tinta plasmônica.

O resultado são tintas sem corante, mas com um brilho e uma vivacidade comparáveis às tintas tradicionais, só que mais duráveis.

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As tintas são feitas com nanoestruturas feitas de partículas metálicas e de óxidos metálicos. [Imagem: Pablo Cencillo-Abad et al. – 10.1126/sciadv.adf7207]

Leve, Econômica, Reflete o calor, Alta durabilidade com maior Sustentabilidade

Além de ser mais durável, a tinta plasmônica reflete todo o espectro infravermelho, o que significa que ela absorve menos calor, deixando a superfície recoberta por ela – seja uma parede ou a lataria de um carro – vários graus centígrados mais fria do que ela se fosse coberta por uma tinta comercial padrão.

A tinta plasmônica também é extremamente leve porque ela permite obter uma coloração total com uma espessura de tinta de apenas 150 nanômetros. O professor Chanda calcula que é possível pintar um Boeing 747 usando apenas cerca de 1,3 kg de tinta plasmônica, quando hoje são necessários quase 500 kg de tinta convencional.

E o mundo artificial também deverá ganhar em beleza, aproximando-se mais das cores naturais.

“A variedade de cores e matizes no mundo natural é surpreendente – desde flores coloridas, pássaros e borboletas até criaturas subaquáticas, como peixes e cefalópodes,” ilustra Chanda.

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A reprodução de matérias é livre mediante a citação do título do texto com link apontando para este texto. Crédito do site Nature & Space 

CRIADO TINTA DE ALTÍSSIMA DURABILIDADE, SEM CORANTES, BAIXO CUSTO E QUE REFLETE O INFRAVERMELHO

Fonte

Artigo: Ultralight plasmonic structural color paint

Autores: Pablo Cencillo-Abad, Daniel Franklin, Pamela Mastranzo-Ortega, Javier Sanchez-Mondragon, Debashis Chanda

Revista: Science Advances

DOI: 10.1126/sciadv.adf7207

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Criada a primeira tinta com cor física, sem corantes ou pigmentos

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