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Atualizado 7 de outubro de 2025 por Sergio A. Loiola

Pesquisa alerta que acertar um Asteroide para Defesa Planetária requer acertar a superfície dele com precisão. Pois trás o risco de lançar o asteroide em direção a Terra.

Um erro no impacto pode enviar o asteroide através de um “buraco de Fechadura Gravitacional” do planeta, que o enviaria de volta para atingir a Terra mais tarde.

A Pesquisa foi publicada no Proceedings of th EPSC-DPS Joint Meeting 2025.

Ilustração: a Nasa lançou uma espaçonave para atingir um asteroide — propositalmente — e desviar sua trajetória. Fonte: NASA

Veremos os resultados dessa pesquisa e sua grande importância para a defesa Planetária, em texto, imagens e 3 Vídeos:

Vídeo 1: 8 asteroides monitorados pela NASA e seus riscos de colisão com a Terra

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Vídeo2: Desviar asteroides em rota de colisão – space

Vídeo 3: Simulação da Missão DART da NASA para impactar um asteroide com carga cinética

Cálculos astronômicos e a mira espacial devem ser precisos

Em Setembro de 2022, a sonda espacial DART chocou-se com o asteroide Dimorfo, naquela que foi a primeira demonstração de uma tecnologia de defesa planetária, para ver como impactos podem ajudar a desviar asteroides ou cometas que entrem em rota de colisão com a Terra.

Missão DART da NASA. Em 26 de setembro de 2022, a espaçonave Double Asteroid Redirection Test (DART) da NASA colidiu intencionalmente com um pequeno asteroide, Dimorphos, em um primeiro teste de defesa planetária. Fonte: UA

Os resultados científicos mostraram que a técnica é factível, mas agora cientistas descobriram que será necessário dar uma atenção especial à pontaria quando o impacto for para valer.

Quando a sonda DART atingiu Dimorfo não havia tanta preocupação, já que o sistema Dídimo é massivo demais para ser desviado para uma rota de colisão com a Terra.

No entanto, para outro asteroide perigoso orbitando o Sol, mesmo uma pequena variação em sua órbita poderia enviá-lo através de uma rota perigosa.

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Buraco de Fechadura Gravitacional planetário

O Efeito Buraco de Fechadura envolve uma pequena região do espaço onde a gravidade de um planeta pode modificar a órbita de um asteroide que passa, de modo que ele retorne em rota de colisão com esse planeta posteriormente.

Um dos mapas de probabilidade de buraco de fechadura do asteroide Bennu. A mira corresponde à localização na superfície que minimiza o risco de impacto do asteroide após a deflexão.
[Imagem: Rahil Makadia]

Se uma missão de impacto cinético, semelhante à DART, empurrar um asteroide de modo que ele passe por um buraco de fechadura gravitacional, isso apenas adiará o perigo.

Não é uma tarefa tão simples quanto mirar em um alvo de tiro porque não há círculos concêntricos marcados no asteroide, e menos ainda uma mosca, o ponto central do alvo.

Órbita do asteroide 2024 YR4, que oferece riscos a Terra nos próximos anos. Fonte : NASA

Na verdade, cada ponto na superfície de cada asteroide tem uma probabilidade diferente de enviá-lo através de um buraco de fechadura gravitacional após um impacto cinético.

Para lidar com essa dificuldade, a equipe desenvolveu uma técnica para calcular mapas de probabilidade da superfície de um asteroide.

O método utiliza os resultados do DART como guia, embora cada asteroide, com suas próprias características, seja diferente, de modo que precisaremos de mais dados, o que significa mais testes de impacto em outros asteroides.

Vídeo 2: Desviar asteroides em rota de colisão – space

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É necessário Visitar o asteroide antes e coletar dados

O estudo da equipe mostrou que primeiro é necessário caracterizar a forma do asteroide, a topologia da sua superfície (colinas, crateras, etc.), a rotação e a massa.

Asteroides são o material que sobrou da formação do nosso sistema solar e que não foi incorporado em planetas e luas. Imagem: NASA

Em condições ideais, isso seria feito com uma missão espacial para se aproximar do asteroide, produzindo imagens e dados de alta resolução.

Infelizmente isso pode não ser possível para todos os asteroides ameaçadores, especialmente se o tempo entre a descoberta da ameaça e o impacto na Terra for curto.

Vídeo 3: Simulação da Missão DART da NASA para impactar um asteroide com carga cinética (Trailer oficial)

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Defesa Planetária global: uma realidade urgente e necessária

Dadas as atuais capacidades de descoberta de asteroides, asteroides próximos à Terra (NEAs) são rotineiramente descobertos. 3.123 NEAs foram descobertas somente em 2024.

Além disso, novos telescópios, como o Observatório Vera C. Rubin e a nave espacial NEO Surveyor planejada, devem aumentar as taxas de descoberta de NEA nos próximos anos.

lustração: o asteroide, chamado 2024 YR4, tem entre 40 metros e 90 metros de diâmetro. As medições dos astrônomos indicam que o YR4 de 2024 se enquadra na categoria de “assassino de cidades”, e retornará em 2028, mas com baixa chance de impacto no planeta. SPL – NASA

Uma vez que a órbita de um novo objeto é determinada, devemos avaliar seu risco de impacto com a Terra.

Se um asteroide grande o suficiente for encontrado em rota de colisão com a Terra, uma missão de deflexão deve ser desenvolvida para mitigar o risco de impacto do asteroide.

Graças à missão Double Asteroid Redirection Test (DART) da NASA, um Kinetic Impact (KI) é um método demonstrado de alterar a trajetória de um asteroide.

A maioria dos asteroides que representam um risco de impacto significativo geralmente permite múltiplos impactos com a Terra ao longo de décadas.

Por exemplo, Chesley et al. (2014) descobriram que a órbita do asteroide (101955) Bennu permitiu mais de 200 impactos potenciais com a Terra entre 2167 e 2200.

Em 16 de abril de 2025, mais de 80% (29 de 36) dos asteroides que têm uma classificação de risco de impacto de asteroide de Palermo de -4 ou maior admitem mais de um impacto, dadas suas incertezas orbitais,

A consciência situacional científica dessas ameaças, antes desprezadas, demonstram que a comunidade internacional precisa investir mais em defesa planetária conjunta.

Estudar formas de realizar a defesa, em variados casos, testar métodos e aprimorar continuamente.

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ERRO AO DESVIAR ASTERÓDES PODE PROVOCAR COLISÃO COM A TERRA

Bibliografia

Revista: Proceedings of th EPSC-DPS Joint Meeting 2025

Artigo: Keyhole-Based Site Selection for Kinetic Impact Deflection of Near-Earth Asteroids
Autores: Rahil Makadia, Steven Chesley, Davide Farnocchia, Siegfried Eggl
Vol.: 18, EPSC-DPS2025-77
DOI: 10.5194/epsc-dps2025-77

Inovação Tecnológica

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