A Estrada Real é o maior conjunto de rotas turíticas históricas do Brasil. Com cerca de 1.600 km de extensão, essa rede de caminhos coloniais interligava as regiões de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo durante o período colonial para transporte de ouro, diamantes, mercadorias e pessoas.
A história da Estrada Real remonta aoséculo XVII, período marcado pela intensa atividade mineradora na região das Minas Gerais. Com a descoberta de ouro e diamantes nessa área, a Coroa portuguesa construiu rotas para o transporte até o litoral, nas cidades de Paraty e Rio de Janeiro, de onde eram exportadas para a Europa.
Essa empreitada deu origem a uma complexa rede viária, que se consolidou ao longo do tempo como a famosa Estrada Real.
Hoje, a Estrada Real é a maior rota turística do Brasil. Com mais de 1.600 quilômetros de extensão, passando por diversas cidades e povoados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
A Estrada Real é dividida em quatro caminhos principais: Caminho do Ouro (ou Velho), Caminho Novo, Caminho dos Diamantes e Caminho Sabarabuçu.
No trajeto é possivel conhecer tradições, cidades históricas, arquitetura antiga, história, cachoeiras, fazer caminhadas, degustação culinária, conhecer belas paisagens e gente hospitaleira no percurso, identidades e as belezas da região.
A Estrada Real é dividida em quatro caminhos principais
A Estrada Real é composta por quatro principais rotas: Caminho Velho, Caminho Novo, Caminho dos Diamantes e Caminho do Sabarabuçu.
1- Caminho do Ouro (ou Velho): o mais antigo dos três, ligava Ouro Preto (antiga Vila Rica) a Paraty, importante porto no litoral do Rio de Janeiro.
2- Caminho Novo: construído mais tarde, foi criado para substituir o trecho mais íngreme e perigoso do Caminho Velho, estabelecendo uma rota mais rápida e segura de Ouro Preto ao Rio de Janeiro.
3- Caminho dos Diamantes: conectava Diamantina a Ouro Preto, possibilitando o escoamento das riquezas diamantíferas.
4- Caminho Sabarabuçu: percorre entre Ouro Preto e Sabará é particularmente interessante, pois passa por antigas vilas e cidades históricas, mostrando um pouco do cotidiano do Brasil colonial.
Trata-se de uma marcante rota para o turismo histórico, ecológico e cultural no Brasil. Ao longo dos caminhos, é possível encontrar casarões, igrejas, minas de ouro desativadas e outros vestígios da riqueza e da história dessa época.
Ao longo dessas quatro rotas pode-se conhecer de perto os registros históricos, as construções de época, cidades antigas, ouvir histórias, conhecer a cultura e as belas paisagens dessas regiões.
Sair de escuna nas águas Paraty é a garantia de muita diversão. O passeio acontece de manhã e à tarde com direito a visitas às maravilhosas praias e ilhas próximas da cidade. As incríveis belezas naturais presentes no passeio podem ser acompanhadas de atividades como snorkeling, mergulho e banho de sol.
Também conhecido como “Caminho Velho”, este foi o primeiro trajeto oficializado pela Coroa Portuguesa para ligar a região produtora de ouro no interior de Minas Gerais ao litoral fluminense.
Ao longo de seus 710 km, o Caminho do Ouro passa por localidades como Tiradentes, São João del Rei, Carrancas, Caxambu e Cunha.
adeiras íngremes, casarões coloniais, arquitetura barroca, religiosidade e muita história. Esses são alguns dos marcos do município. Reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade, com mais de 300 anos, Ouro Preto, localizada há 95 km de Belo Horizonte, está entre as cidades históricas mais importantes do país.
Estas cidades históricas revelam muito sobre o passado da região por meio de seus museus, igrejas e fazendas, além de oferecerem uma deliciosa experiência gastronômica tipicamente mineira.
Além dos atrativos urbanos, a região também encanta pela sua natureza. Os viajantes têm a oportunidade de explorar o Parque das Águas de Caxambu, o maior complexo hidromineral do mundo, realizar trilhas em Itatiaia e tomar banhos em cachoeiras.
2- Caminho Novo
A Estrada Real não passa dentro do parque especificamente, entretanto passa na zona de amortecimento (área no entorno de uma Unidade de Conservação em que as atividades antrópicas estão submetidas a uma legislação especifica). No interior do parque, mais precisamente na região de Magé e Petrópolis passa o Caminho do Ouro, também chamado de Atalho do Proença possui aproximadamente 6 Km, ligando a Vila Inhomirim, em Magé, ao Alto da Serra, em Petrópolis.
Percurso: Ouro Preto a Petrópolis
O Caminho Novo surgiu como uma alternativa mais segura ao Caminho Velho, uma vez que a rota original estava se tornando cada vez mais suscetível a assaltos e roubos.
A Estrada Real não passa dentro do parque especificamente, entretanto passa na zona de amortecimento (área no entorno de uma Unidade de Conservação em que as atividades antrópicas estão submetidas a uma legislação especifica). No interior do parque, mais precisamente na região de Magé e Petrópolis passa o Caminho do Ouro, também chamado de Atalho do Proença possui aproximadamente 6 Km, ligando a Vila Inhomirim, em Magé, ao Alto da Serra, em Petrópolis.
Com extensão total de 515 km, é um percurso conhecido por suas paisagens serranas, sendo Petrópolis um dos destinos de destaque por conta de suas belas montanhas. Outras cidades da rota incluem Barbacena, Juiz de Fora e Paraíba do Sul.
3- Caminho dos Diamantes
Como o próprio nome sugere, esta rota era originalmente utilizada para o transporte de diamantes da capitania de Minas Gerais.
Percurso: Diamantina a Ouro Preto
Como o próprio nome sugere, esta rota era originalmente utilizada para o transporte de diamantes da capitania de Minas Gerais.
Com extensão total de 395 km, o Caminho dos Diamantes percorre a Cordilheira do Espinhaço, passando por cidades comoCocais, Santa Bárbara e Mariana.
Cachoeira circundada por formações rochosas e vegetação de cerrado com queda de 15m de altura e 15m de largura, formando pequeno filetes de água e um grande poço propício ao banho, que chega a 8m de profundidade. Localizada próxima a Diamantina, apenas dez minutos de caminhada.
A natureza é uma presença marcante no caminho, oferecendo a oportunidade de explorar belas cachoeiras, conhecer mais sobre plantas medicinais e contemplar a fauna mineira.
Além disso, nas paradas ao longo do percurso, os aventureiros também têm a oportunidade de fazer degustações de queijos e cachaças locais, visitar museus e igrejas históricas, e adquirir um entendimento mais profundo sobre a rica história de Minas Gerais.
4- Caminho Sabarabuçu:
Estrada Real, Cidade de Caeté, MG.
Percurso: Cocais a Glaura
O Caminho Sabarabuçu é o trecho mais curto da Estrada Real, com uma história de criação um tanto curiosa.
Ele foi criado após exploradores avistarem um brilho na Serra da Piedade, o qual presumiram ser ouro, mas na verdade era minério de ferro.
Apesar do engano, a rota revelou-se recompensadora, proporcionando um itinerário com belas paisagens. Com 160 km no total, o caminho passa por cidades como Caeté, Sabará e Brumadinho.
Do domínio colonial aoPatrimônio Cultural Nacional do Brasil
Na época colonial Estrada real ou caminho real eram as principais estradas e caminhos existentes em Portugal continental e no Império Português, cuja construção e manutenção estavam a cargo da Coroa Portuguesa, diretamente ou através dos seus representantes locais.
Em Portugal, as principais estradas a cargo da Coroa eram designadas “estradas reais”.
No Brasil Colónia a construção dessas estradas foi especialmente intensa e relacionada com a mineração. O património histórico-cultural que representam é defendido pelo Projeto Estrada Real.
O nome “Estrada Real” referia-se a qualquer via terrestre que, à época do Brasil Colônia. Era percorrida no processo de povoamento e exploração econômica de seus recursos, em articulação com o mercado internacional.
Dentro de uma visão historiográfica tradicional em História do Brasil, o conceito de Estrada Real pressupõe:
natureza oficial;
exclusividade de utilização;
vínculo com a mineração.
Nesta perspectiva, a designação “Estrada Real” reflete o fato de que era esse o caminho oficial, único autorizado para a circulação de pessoas e mercadorias.
A abertura ou utilização de outras vias constituía crime de lesa-majestade, encontrando-se aí a origem da expressão descaminho com o significado de contrabando.
Por outro lado, uma visão contemporânea admite:
natureza tradicional e uma referência de bons caminhos;
utilização geral, universal, pública;
vínculo com outras atividades, como o comércio e a pecuária;
existências anteriores ou posteriores à mineração;
desvinculados das zonas mineradoras.
Os caminhos das Minas Gerais, entre os séculos XVII e XIX, correspondiam a um conjunto de vias terrestres, muitas delas simples reapropriações de antigas trilhas indígenas, os Caminhos Peabirus, que aproximou diferentes regiões do território brasileiro:
O chamado Caminho da Bahia ou Caminho dos Currais do Sertão e suas variantes, ligando a Capitania da Bahia às Minas;
O chamado Caminho do Rio de Janeiro (depois chamado de Caminho Velho do Rio de Janeiro; atualmente, Estrada Real) e suas variantes, ligando a Capitania do Rio de Janeiro às Minas.
Posteriormente, com a descoberta de diamantes no Serro, entre 1725 e 1735, um novo caminho foi aberto, o chamado Caminho dos Diamantes, aos quais se uniriam à Picada de Goiás e a do Mato Grosso (Caminho de Cuiabá ou Picadão de Cuiabá), quando da descoberta de minerais nestas últimas regiões.
Turismo e Ecoturismo pela Estrada Real
A Estrada Real é considerada um dos maiores patrimônios históricos e culturais do Brasil. Ao longo de sua extensão, encontram-se inúmeros exemplares de arquitetura colonial, como casarões, igrejas e pontes, que testemunham a grandiosidade do período áureo da mineração.
Atualmente, a Estrada Real é uma importante rota turística do Brasil, atraindo tanto turistas nacionais quanto estrangeiros. Os visitantes têm a oportunidade de mergulhar na história do Brasil colonial, percorrendo trilhas e caminhos utilizados há séculos por bandeirantes e exploradores.
Além disso, a riqueza cultural da Estrada Real é evidente nas tradições, festas e culinária típica das localidades que compõem o trajeto.
Muitas dessas tradições persistem até os dias de hoje, como o artesanato, a música e as festas religiosas, enriquecendo a identidade do povo brasileiro e atraindo turistas interessados em vivenciar essa rica herança cultural.
Além do turismo histórico e cultural, a região da Estrada Real também oferece inúmeras opções para os amantes do ecoturismoe do turismo de aventura.
As belas paisagens naturais, com montanhas, cachoeiras, parques e reservas ecológicas, proporcionam atividades como trilhas, passeios de bicicleta e observação da fauna e flora local.
A Estrada Real é uma fascinante viagem ao passado do Brasil colonial. Suas trilhas históricas, monumentos arquitetônicos e riqueza cultural tornam essa rota uma experiência única para os viajantes
Política de Uso
É Livre a reprodução de matérias mediante a citação do título do texto com link apontando para este texto. Crédito do site Nature & Space
Arraial d'Ajuda, distrito de Porto Seguro na Bahia, Brasil, é um destino turístico conhecido pelas suas praias, vida noturna e ambiente charmoso. Faz parte...