Pirenópolis é uma elegante cidade histórica em Goiás, Brasil. Com arquitetura colonial conservada, a cidade se reinventou com a riqueza das sinuosas serras, encantadoras cachoeiras de água cristalinas, em meio a vegetação sublime com perfume da grande diversidade de flores do Cerrado.
Pirinópolis é uma cidade Poesia
A popular Piri oferece aconchego para viajantes adeptos do ecoturismo, turismo histórico. cultural e de aventura. Pirenópolis está localizada a 120 km de Goiânia, capital do estado, e a 150 km de Brasília, capital do Brasil.
A cidade possui numerosas pousadas, passeios e caminhadas em trilhas e cachoeiras, aventura para rapel, passeios culturais e degustação culinária. Entre as tradições da cidade está a famosa cavalhada, uma festa popular envolvendo cavalos montados ornamentados.
É fácil se adaptar e gostar do jeito manso de Pirenópolis. O povo é receptivo. Muitos que visitam voltam para ficar mais tempo, permanecer, vivenciar o circuito cultural e ecológico denso e extenso.
São muitas opções. É um lugar para conhecer com calma, em varias vezes. Alem disso, a região da cidade e municípios vizinhos tem varias atrações turísticas para fazer incursões em retiros longos.
A elegante Pirenópolis tem seu nome associado as serras no entorno da cidade, a serra dos Pireneus. Imigrantes espanhóis catalães, devido a semelhanças entre as serras da cidade goiana com a cadeia de montanhas dos Pirineus entre a Espanha e a França, eles atribuíram a sinuosas serras de Pirenópolis também de Pireneus, o que teria originado o nome da cidade.
A seguir faremos um breve resgate da origem da cidade, em seguida conheceremos algumas belas Cachoeiras de Piri.

Pirenópolis: do ciclo colonial do ouro ao turismo histórico cultural e ecológico
A história de Pirenópolis começa em 1727 quando foi fundada com o nome de Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte, Meia Ponte porque metade da ponte sobre o Rio das Almas foi varrida por uma enchente.
Os primeiros colonizadores portugueses vieram em busca do ouro facilmente encontrado no Rio das Almas. De 1750 a 1800 houve uma época de ouro quando quatro igrejas foram construídas e Pirenópolis competiu com Vila Boa, hoje Cidade de Goiás, como a cidade mais rica da província.

Depois de 1800, com a recessão na mineração de ouro parte da população emigrou. Com a mudança das rotas comerciais para Anápolis, a cidade ficou economicamente isolada.
O primeiro jornal da província, o Matutina Meiapontense, foi publicado em Meia Ponte em 1830 por Joaquim Alves de Oliveira. Em 1890 a cidade mudou seu nome de Meia Ponte para Pirenópolis, a cidade dos Pireneus, de mesmo nome das serras no entorno da cidade.
Em 1960 com a construção de Brasília houve uma exploração intensiva da famosa Pedra de Pirenópolis, quartzito-micáceo. Na década de 1980 chegaram os hippies com suas comunidades alternativas e produção de artesanato.
Pirenópolis renasceu com um enorme fluxo de turistas, especialmente de Brasília. Igrejas foram restauradas e toda a fiação elétrica foi colocada no subsolo.

A cidade foi Tombada como patrimônio arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico em pelo IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1989, a cidade possui um Centro Histórico com casarões e igrejas grandiosos e ornamentados do século XVIII.
Circuito cultural, cachoeiras e trilhas de Pirenópolis
O Ecoturismo nas cachoeiras e trilhas de Pirenópolis é favorecido pelo clima local. O clima é subtropical úmido com duas estações bem definidas: a chuvosa, que vai de outubro a março, e a seca, que vai de abril a setembro.
Pirenópolis é conhecida em todo o Brasil por suas festas populares, especialmente as “Cavalhadas”, introduzidas em 1826, nas quais cavaleiros representando mouros e cristãos recriam uma batalha travada por Carlos Magno. Esta tradição, parte da Festa do Espírito Santo, foi trazida à cidade pelos colonos portugueses.
A cidade foi restaurada artisticamente com suas ruas de pedra e casarões coloniais. O Rio Almas, um tributário do Rio Tocantins que flui para o norte para formar o lago artificial Serra da Mesa, passa perto da cidade e é atravessado por uma ponte de madeira restaurada. Há um antigo teatro, cinema e um museu das cavalhadas.
Dezenas de cachoeiras e trilhas
Em Pirenópolis o Banho de cacheira é obrigatório. As cachoeiras são preservadas, com limpa e cristalina e vegetação nativa do cerrado. A cidade tem mais de oitenta cachoeiras, a maioria com infraestrutura para turistas.
Existem acessos as cachoeiras, com trilhas e estradas. Para trilheiros e tracking existem circuitos de caminhadas mais longas no entorna da cidade, na serra dos Pirineus, e até as cidades vivinhas.

Vamos conhecer algumas cachoeiras. Entre as varias dezenas. As que seguem tem boas infraestrutura para receber turista.
Cachoeira do Lazaro
A cachoeira do Lazaro tem um a extensa prainha. Um poço raso e linda queda d’água, a Cachoeira do Lázaro é boa pedida para quem tem medo de lugares com grande profundidade de água.

Para chegar na cachoeira existe uma pequena trilha em meio ao vegetação nativa do cerrado. Na Lázaro, o poço não ultrapassa 1,50 m, o que permite que grande parte dos turistas circulem e andem até a cachoeira sem precisar nadar.
Ao lado da cachoeira principal, é possível aproveitar ainda uma queda d’água menor e que oferece delicioso banho. Os arredores do poço são de pedra, mas há muitas delas onde é possível sentar e até deitar. Vale para relaxar!
A Cachoeira do Lázaro faz parte da Reserva Ecológica Vargem Grande, onde também está localizada a Cachoeira Santa Maria.
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Cachoeira Santa Maria
A Cachoeira Santa Maria é daqueles lugares onde dá vontade de chegar e ficar o dia todo. São 500 m de caminhada em trilha totalmente pavimentada. Excelente opção para quem tem dificuldade de locomoção ou está com crianças pequenas.

A Cachoeira Santa Maria tem um grande poço para banho que é cercado por longa faixa de areia fina. A propriedade disponibiliza guarda-vidas no local para qualquer incidente.
A Cachoeira Santa Maria faz parte da Reserva Ecológica Vargem Grande, onde está localizada também a Cachoeira do Lázaro. É possível visitar as duas em um mesmo dia.
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Cachoeira do Rosário
o local tem excelente infraestrutura. Restaurante de comida regional, redários convidativos à soneca, muitas mesinhas sob as árvores e petiscos disponíveis o dia todo para matar a fome antes da refeição principal.

A propriedade recebe apenas 70 visitantes por dia. Nos finais de semana, o restaurante conta com buffet livre, mas durante a semana serve apenas panelinhas.
A Cachoeira do Rosário tem a maior queda livre de Pirenópolis. São 42 metros de água pura e cristalina que corre do alto da encosta e forma um poço espetacular para banho. Um caminho de pedras leva até a queda d’água.
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PIRENÓPOLIS: CIDADE HISTÓRICA ENTRE SERRAS E CACHOEIRAS
Bibliografia
Guia Melhores Destinos
Cachoeiras de Pirenópolis