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O resfriamento radiativo passivo, uma tecnologia que permite que objetos resfriem emitindo calor diretamente para o espaço, sem exigir energia adicional, passou rapidamente de uma curiosidade de laboratório para as aplicações práticas, com demonstrações cada vez versáteis e economicamente viáveis.

Imagem: Nano Letters]

Mas sempre dá para melhorar, e uma das deficiências das demonstrações feitas até agora é que a maioria dos materiais usados nessa refrigeração passiva tem um nível específico de emissividade, o que significa que, quando a temperatura ambiente é baixa, os materiais de resfriamento radiativo ainda têm uma forte capacidade de resfriamento, resultando em “superresfriamento” ou na perda de eficiência quando o sistema deve operar no modo de aquecimento.

Além de já serem usados em janelas inteligentes, esses materiais são candidatos ideais para o resfriamento radiativo porque podem operar de modo dinâmico, ajustando-se às demandas de resfriamento.

Do mesmo modo que os materiais tradicionais, de alto desempenho de refletividade e emissividade solar, nenhuma fonte de energia externa, circuitos ou peças móveis são necessários para fazê-los funcionar.

O resultado é um novo tipo de dispositivo híbrido de resfriamento radiativo adaptável à temperatura, capaz de ajustar dinamicamente suas propriedades de resfriamento com base na temperatura ambiente.

O dispositivo de resfriamento radiativo baseado em metassuperfície se adapta às mudanças na temperatura ambiente. [Imagem: Junlin Yang et al. – 10.1117/1.AP.6.4.046006]

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Metassuperfície de dióxido de vanádio

A base da inovação é o dióxido de vanádio (VO2), um material conhecido por sua capacidade de alternar entre diferentes estados de radiação térmica.

Mas não se trata apenas do material, há também uma alteração geométrica em seu uso: O novo projeto consiste em uma metassuperfície com uma matriz periódica de quadrados de VO2, o que melhora o desempenho ao equilibrar alta emissividade térmica com uma baixa absorção solar.

Protótipo do equipamento e micrografias da metassuperfície de dióxido de vanádio. [Imagem: Junlin Yang et al. – 10.1117/1.AP.6.4.046006]

O protótipo apresentou melhorias notáveis em relação aos projetos anteriores, com uma absorção solar de apenas 27,71% (7,54% menor do que os modelos anteriores) e uma emissividade de 0,85 em altas temperaturas (13,3% maior).

Além disso, a capacidade de modular a emissividade é 20% melhor do que os dispositivos anteriores, tornando o projeto mais eficiente no gerenciamento de mudanças de temperatura.

Política de Uso 

A reprodução de matérias é livre mediante a citação do título do texto com link apontando para este texto. Crédito do site Nature & Space 

REFRIGERAÇÃO PASSIVA: É POSSÍVEL ENVIAR CALOR PARA O ESPAÇO, SEM GASTAR ENERGIA

Fonte:

Artigo: Temperature-adaptive metasurface radiative cooling device with excellent emittance and low solar absorptance for dynamic thermal regulation
Autores: Junlin Yang, Qianyi Li, Shiqiao Liu, Debao Fang, Jingyao Zhang, Haibo Jin, Jingbo Li
Revista: Advanced Photonics
DOI: 10.1117/1.AP.6.4.046006

Inovação Tecnológica

Refrigeração passiva, sem gasto de energia, agora adaptável à temperatura ambiente

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