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Atualizado 28 de junho de 2025 por Sergio A. Loiola

Biossensor portátil de baixo custo, feito com materiais reciclados, detecta vírus da covid-19 em minutos, foi desenvolvida por pesquisadores do campus de São Carlos da USP.

Biossensor usa nanopartículas magnéticas funcionalizadas com anticorpos, que capturam biomarcadores virais em amostras de saliva, gerando um sinal eletroquímico lido por um dispositivo portátil – Imagem: Reprodução do Artigo

O resultado da Pesquisa foi publicado na Revista científica ACS Sensors.

O Biossensor, um dispositivo eletroquímico-magnético sustentável, fabricado com materiais reciclados, detecta SARS-CoV-2 a partir da saliva humana.

Alem disso, a plataforma com tecnologia sustentável e baixo custo de produção, detecta o vírus da covid-19 com precisão de 95%.

O biossensor pode ser operado manualmente, sem necessidade de laboratórios ou infraestrutura especializada, sendo que os testes são rápidos, apresentando resultados em poucos minutos.

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A pandemia da COVID-19 destacou a necessidade crítica de soluções de diagnóstico escaláveis, rápidas e econômicas, especialmente em ambientes com recursos limitados.

Nesse sentido uma pesquisa de longa duração foi desenvolvida pela equipe enfatizando a acessibilidade, baixo custo, alta confiabilidade, a redução do impacto ambiental e a aplicabilidade clínica.

Biossensores de baixo custo feitos de materiais reciclados (a) Representação esquemática para preparação do dispositivo eletroquímico magnetointegrado impresso em 3D (MED) em 3 etapas. Imagem: Reprodução do Artigo

Além de visar dispositivos portáteis, que pudessem ser disponibilizados próximos aos usuarios.

Fabricado com grafite recuperado de baterias recicladas e plástico de copos descartáveis, o dispositivo é uma plataforma eletroquímica-magnética portátil, que permite um diagnóstico molecular acessível.

O desenvolvimento do biossensor aconteceu no projeto Rumo à convergência de tecnologias:

de sensores e biossensores à visualização de informação e aprendizado de máquina para análise de dados em diagnóstico clínico, coordenado pelo professor Osvaldo Novais de Oliveira Junior, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), com participação de pesquisadores do IFSC e do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP.

Aplicação do biossensor MgNPs/S1-Ab/BSA|MED em amostras de saliva. (a) Esquema da configuração para funcionamento do biossensor em amostras de saliva humana. Imagem: Reprodução do Artigo

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O biossensor emprega nanopartículas de MnFe2O4 funcionalizadas com anticorpos anti-SARS-CoV-2, integradas a um dispositivo eletroquímico impresso em 3D para testes descentralizados.

O custo por unidade é de apenas 20 centavos de dólar, uma fração do preço dos exames convencionais.

No caso do sars-cov-2, o sensor apresentou precisão de 95%, similar ao RT-PCR, considerado padrão-ouro em diagnóstico molecular.

O sistema foi validado em amostras de saliva de pacientes com diferentes faixas etárias e sexos, com confirmação por RT-PCR, garantindo sua eficácia em condições clínicas reais.

Seus principais recursos incluem preparação simples, resposta rápida e reutilização, tornando-o ideal para diagnósticos no local de atendimento.

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O sensor é uma plataforma universal

Nanopartículas magnéticas para captura de vírus. (a) Ilustração esquemática para preparação de NPs de 
MnFe2O4 –  cys funcionalizadas com  l- cisteína . (b) Representação esquemática das etapas para síntese do bioconjugado. Imagem: Reprodução do Artigo

A publicação tem como primeiro autor o pesquisador Caio Lenon Chaves Carvalho, ex-bolsista de pós-doutorado no laboratório do professor do IFSC.

A colaboração entre grupos interdisciplinares foi fundamental para integrar inovação tecnológica com impacto social e ambiental. 

Além do IQSC e IFSC, o projeto contou com parcerias nacionais e internacionais, envolvendo a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), a Universidade Federal do Piauí (UFPI), a Universidade do Minho (Portugal) e o centro de pesquisa BCMaterials, na Espanha.

Mais do que uma resposta à pandemia, essa plataforma inaugura um novo paradigma em dispositivos de diagnóstico acessíveis, reaproveitando resíduos tecnológicos e viabilizando soluções para regiões vulneráveis.

Ao aproveitar materiais reciclados de baterias e plásticos usados, alcançamos um processo de fabricação baseado na economia circular com uma taxa de reciclabilidade de 98,5%.

Além da COVID-19, a modularidade desta plataforma permite a adaptação a outras doenças virais, oferecendo uma solução versátil para os desafios globais de diagnóstico.

O projeto mostra como ciência, sustentabilidade e política pública podem caminhar juntas rumo a um futuro mais justo e saudável para todos. 

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Política de Uso 

É Livre a reprodução de matérias mediante a citação do título do texto com link apontando para este texto. Crédito do site Nature & Space 

SENSOR DE MATERIAL RECICLÁVEL DETECTA COVID-19 EM MINUTOS

Bibliografia

ACS Publications

Sustainable Electrochemical-Magnetic Biosensor Fabric

Jornal da USP

Feito com materiais reciclados, biossensor portátil faz detecção rápida do vírus da covid-19

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