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Atualizado 4 de dezembro de 2025 por Sergio A. Loiola

Astrofísicos detectaram que o Sistema Solar está se movendo três vezes mais rápido do que o estimado pelo modelo cosmológico padrão, sugerindo revisão.

Poderia o modelo padrão da cosmologia está errado?

A pesquisa foi publicada na Revista Physical Review Letters.

Ilustração do nosso sistema solar (sem escala). (Crédito da imagem: buradaki/iStock/Getty Images Plus)

A seguir veremos como os astrofísicos mediram e encontraram grande divergência na velocidade prevista para o sistema solar, e as implicações para a cosmologia. Em texto, imagens e vídeos.

Se a velocidade do sistema solar for de fato muito maior significaria que o modelo padrão está errado? O universo não seria homogêneo? Deixe seu comentário no final!

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Vídeo 1: Algo não está certo! O NOSSO SISTEMA SOLAR ESTÁ SE MOVENDO MUITO RÁPIDO!

Vídeo 2: Nova descoberta contradiz o Big Bang? — Algo muito estranho está acontecendo com o Sistema Solar!

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Astrônomos descobriram que o sistema solar pode estar se movendo pelo cosmos mais de três vezes mais rápido do que se teorizava anteriormente.

A técnica consiste em usar radiotelescópios para medir a quantidade de radiogaláxias que “surgem no horizonte” conforme nos movemos pelo Universo. [Imagem: FAST Telescope]

A descoberta pode ter implicações para o modelo padrão da cosmologia, nosso melhor modelo atual para explicar a estrutura, a composição e a evolução do universo.

A equipe por trás desta pesquisa chegou às suas conclusões usando a rede de radiotelescópios LOFAR (Low Frequency Array) e outros dois radiotelescópios para mapear a distribuição de radiogaláxias, que então foram usadas para medir o movimento do sistema solar.

Radiogaláxias são galáxias que emitem ondas de rádio excepcionalmente fortes a partir de “lóbulos” que se estendem muito além de sua estrutura visível de estrelas.

O Telescópio Lovell no Observatório de Jodrell Bank, Inglaterra.

As radiogaláxias são úteis nesse sentido porque as ondas de rádio têm comprimentos de onda suficientemente longos para atravessar o gás e a poeira cósmica em vez de serem absorvidas, como acontece com outras formas de radiação eletromagnética.

Na direção em que o sistema solar se move, um número ligeiramente maior de radiogaláxias deveria aparecer, mas essa variação é tão pequena que só pode ser detectada por instrumentos extremamente sensíveis.

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Novo método estatístico considerou o fato de que muitas radiogaláxias são compostas por múltiplos componentes

Como as ondas de rádio podem penetrar a poeira e o gás que obscurecem a luz visível, os radiotelescópios conseguem observar galáxias invisíveis aos instrumentos ópticos.

À medida que o sistema solar se move pelo universo, esse movimento produz um sutil “vento contrário”: um número ligeiramente maior de radiogaláxias aparece na direção do deslocamento.

Mapas (primeira e terceira linhas) e histogramas (segunda e quarta linhas) da contagem de fontes de seis levantamentos de rádio contínuo e suas respectivas distribuições de Poisson e binomial negativa. Imagem: Artigo: https://journals.aps.org/prl/abstract/10.1103/6z32-3zf4

A diferença é ínfima e só pode ser detectada com medições extremamente sensíveis.

Utilizando dados do radiotelescópio LOFAR (Low Frequency Array), uma rede de radiotelescópios que abrange toda a Europa, combinados com dados de dois observatórios de rádio adicionais, os pesquisadores conseguiram, pela primeira vez, realizar uma contagem especialmente precisa dessas radiogaláxias.

Eles aplicaram um novo método estatístico que leva em consideração o fato de que muitas radiogaláxias são compostas por múltiplos componentes.

Gráfico de canto para a estimativa combinada do dipolo de LoTSS-DR2, NVSS e RACS-low. A amplitude é apresentada em múltiplos da amplitude esperada do dipolo, com as linhas verdes e o ponto representando os valores esperados com base no dipolo da CMB. Imagem: Artigo: https://journals.aps.org/prl/abstract/10.1103/6z32-3zf4

Essa análise aprimorada resultou em incertezas de medição maiores, porém mais realistas.

Apesar disso, a combinação dos dados dos três radiotelescópios revelou um desvio superior a cinco sigmas, um sinal estatisticamente muito forte considerado na ciência como evidência de um resultado significativo.

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Vídeo 3: Nova descoberta contradiz o Big Bang? — Algo muito estranho está acontecendo com o Sistema Solar!

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Ou a distribuição das radiogaláxias pode ser menos uniforme, ou os modelos cosmológicos atuais precisam ser revistos

A medição da equipe revelou uma disparidade na distribuição de radiogaláxias, uma anisotropia, que foi 3,7 vezes mais forte do que a prevista pelo modelo padrão da cosmologia, que descreve a evolução do cosmos desde o Big Bang.

O cientista de Bielefeld Lukas Böhme, principal autor do estudo, em frente ao Telescópio Lovell no Jodrell Bank Radio Observatory, na Inglaterra. Crédito: Universität Bielefeld

Esses resultados estão em consonância com observações infravermelhas anteriores de quasares, que alimentam buracos negros supermassivos que brilham intensamente devido às vastas emissões de energia do material que os circunda.

A correlação entre essas duas linhas de pesquisa distintas sugere que não se trata de um erro, mas sim de uma característica real do cosmos.

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Bibliografia

Revista Physical Review Letters

Artigo: Overdispersed Radio Source Counts and Excess Radio Dipole Detection
Autores: Lukas Böhme, Dominik J. Schwarz, Prabhakar Tiwari, Morteza Pashapour-Ahmadabadi, Benedict Bahr-Kalus, Maciej Bilicki, Catherine L. Hale, Caroline S. Heneka, Thilo M. Siewert
Vol.: 135, 201001
DOI: 10.1103/6z32-3zf4

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Sistema Solar se Move 3 Vezes Mais Rápido do Que Previa o Modelo Padrão

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