Atualizado 15 de outubro de 2025 por Sergio A. Loiola
Físico elabora modelo cosmológico propondo que o que percebemos como matéria escura e energia escura seria o efeito de forças Enfraquecendo durante a evolução do Universo.
A Pesquisa foi publicada na Revista Revista Galaxies.

Autor da Proposta, o Professor Rajendra Gupta, da Universidade de Ottawa, no Canadá, sempre foi uma voz dissonante na comunidade cosmológica.
Suas teorias afirmam que a matéria escura não existe e que o Universo tem o dobro da idade aceita hoje pela maioria dos estudiosos do assunto.
Veremos a seguir essa visão inovadora acerada da evolução do Universo. Em Texto, imagens e 2 Vídeos:
Vídeo 1: Estudo Propõe Que a Matéria Escura e a Energia Escura São Uma Ilusão
Vídeo2: Cientistas Dizem Que a Energia Escura Não Existe e Que a Expansão do Universo Não É Uniforme
Matéria escura e energia escura seriam apenas ilusão cósmica
O Professor Gupta lançou um novo quadro teórico sobre a cosmologia que propõe que o que percebemos como matéria escura e como energia escura pode ser simplesmente o efeito das forças naturais do Universo enfraquecendo lentamente à medida que o próprio Universo envelhece.
Em termos simples, propõe Gupta, nem matéria escura e nem energia escura existem.

A nova teoria afirma que, se as forças básicas da natureza (como a gravidade) mudam lentamente ao longo do tempo e no espaço, isso explica os fenômenos que observamos, como a maneira como as galáxias evoluem e giram e como o Universo se expande.
“Na verdade, as forças do Universo enfraquecem, em média, à medida que ele se expande,” explica o professor Gupta. “Esse enfraquecimento faz parecer que há um empurrão misterioso fazendo o Universo se expandir mais rápido (o que é identificado como energia escura).
No entanto, em escala galáctica e de aglomerados de galáxias, a variação dessas forças em seu espaço gravitacionalmente limitado resulta em gravidade extra (que é considerada devida à matéria escura).
Mas essas coisas podem ser apenas ilusões, decorrentes das constantes em evolução que definem a intensidade das forças.
Vídeo 1: Estudo Propõe Que a Matéria Escura e a Energia Escura São Uma Ilusão
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Escalas cosmológica e astrofísica
No ano passado, o professor Gupta contestou a existência da matéria escura em um estudo em escala cosmológica.
Neste novo trabalho, em escala astrofísica, ele questiona os modelos teóricos mais aceitos para as curvas de rotação das galáxias.
No novo modelo que ele elaborou, o parâmetro frequentemente denotado por alfa (α) surge da permissão para a evolução das constantes de acoplamento – tradicionalmente, α representa o grau de aglomeramento (ou inomogeneidade) da matéria no Universo.

Para Gupta, α se comporta como um componente extra nas equações gravitacionais que produz efeitos semelhantes aos que os astrônomos atribuem à matéria escura e à energia escura.
“Há dois fenômenos muito diferentes que precisam ser explicados pela matéria escura e pela energia escura:
1- O primeiro ocorre em escala cosmológica, ou seja, em uma escala maior que 600 milhões de anos-luz, assumindo que o Universo é homogêneo e o mesmo em todas as direções.
2- O segundo ocorre em escala astrofísica, ou seja, em escalas menores o Universo é muito irregular e dependente da direção.
No modelo padrão, os dois cenários exigem equações diferentes para explicar observações usando matéria escura e energia escura. O nosso é o único que explica ambos com a mesma equação, e sem precisar de matéria escura ou energia escura,” disse o pesquisador.

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Em escalas cosmológicas, α é tratado como uma constante, como quando é determinado pelo ajuste dos dados de supernovas.
Mas localmente (em escala astrofísica), em uma galáxia, como a distribuição da matéria padrão (buracos negros, estrelas, planetas, gás, etc.) varia drasticamente, α varia, fazendo com que o efeito gravitacional extra dependa de onde essa matéria está localizada.
Portanto, a nova teoria prevê que, em regiões onde há muita matéria comum (bariônica), o efeito gravitacional extra é menor e, onde a densidade de matéria detectável é baixa, ele é maior.
Assim, no novo modelo, em vez de adicionar halos de matéria escura ao redor das galáxias, a atração gravitacional extra vem de α.
Ele reproduz as “curvas de rotação planas” observadas, como as estrelas se movendo mais rápido do que o esperado nas partes externas das galáxias.
“O que é realmente empolgante é que esta nova abordagem nos permite explicar o que vemos no céu:
A rotação das galáxias, a aglomeração das galáxias e até mesmo a maneira como a luz se curva em torno de objetos massivos, sem precisar imaginar que há algo escondido lá fora.
Tudo isso é apenas o resultado das constantes da natureza, que variam à medida que o Universo envelhece e se torna irregular,” concluiu Gupta.
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Abordagem cosmológica e astrofisicamente consistente
Conforme Gupta, a matéria escura e a energia escura do modelo ΛCDM podem ser consideradas como emergindo do enfraquecimento das forças da natureza em um Universo em expansão, determinado por uma função de constante de acoplamento covariante adimensional.

As curvas de rotação galácticas observadas podem ser usadas para derivar a distribuição da matéria bariônica em uma galáxia.
Significa que pode não ser necessário introduzir novas técnicas físicas, como gravidade modificada, dinâmica newtoniana modificada, etc., para explicar as curvas de rotação planas observadas nas galáxias.
Gupta argumenta que sua nova abordagem é cosmológica e astrofisicamente consistente.
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Ceticismo e controvérsias
Nem todos estão convencidos.

O astrofísico Brian Keating, da Universidade da Califórnia, alerta:
“Afirmações extraordinárias exigem provas extraordinárias.” Outros cientistas apontam limitações: Gupta analisou poucas galáxias, simplificou suas formas e dependeu de estimativas incertas de massa e luminosidade.
Além disso, medições precisas de quasares distantes indicam que as constantes fundamentais parecem estáveis ao longo do tempo, o que enfraquece a hipótese de variação.
Ainda assim, Gupta pretende aplicar seu modelo a fenômenos mais complexos, como lentes gravitacionais e aglomerados de galáxias.
Bibliografia
Revista: Galaxies
Artigo: Testing CCC+TL Cosmology with Galaxy Rotation Curves
Autores: Rajendra P. Gupta
DOI: 10.3390/galaxies13050108
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