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Atualizado 27 de maio de 2025 por Sergio A. Loiola

Uma Equipe de Pesquisadores Descobriu o Maior Ecossistema da Terra: Composto por micro-organismos. Vivendo até 5 km abaixo da superfície, sem energia solar.

A extensa pesquisa sobre a vida microbiana na Terra foi publicado na Revista Science.

As variações podem permitir que eles sobrevivam em ambientes como Marte, notável por temperaturas extremas e alta salinidade,

Esse universo microbiano nas profundezas vive Mesmo sob calor extremo, sem luz e com poucas opções de alimentação, existem de 15 a 23 bilhões de toneladas de microorganismos praticamente desconhecidos pela ciência.

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Encantados com o ecossistema espalhados sub a superfície de oceanos e continente os cientistas denominaram de “Galápagos subterrânea”, pois essa vida microbiana vive até 5 Km abaixo da superfície.

Toda essa vida microbiana profunda pesa cerca de 300 vezes mais que a massa de todas as pessoas do do planeta juntas.

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Maior Ecossistema da Terra, a ‘Galápagos subterrâneos’ emocionou os cientistas

O imenso Ecossistema subterrâneo da Terra, apelidado de ‘Galápagos subterrâneos’ emociona cientistas:

A equipe de pesquisa reuniu cerca de 1.200 cientistas de 52 países investigou por 10 anos para afirmar:

Encantados com o ecossistema espalhados sub a superfície de oceanos e continente os cientistas denominaram de “Galápagos subterrânea”, pois essa vida microbiana vive até 5 Km abaixo da superfície.

Testemunhos de sondagem recolhidos 122 metros abaixo do fundo do mar (5,7 km de profundidade) revelam uma grande população de bactérias aeróbicas. A rocha de basalto aparece em cinza, os minerais da argila em alaranjado e as células bacterianas são as esferas verdes. [Imagem: Suzuki et al. 2020, DOI: 10.1038/s42003-020-0860-1, CC BY 4.0]

Diversos ecossistemas subterrâneos nas profundezas da crosta terrestre podem oferecer pistas sobre as origens da vida na Terra, e criar uma imagem da vida encontrada em outros planetas, como Marte.

Ao contrário dos grandes biomas de superfície, a biosfera profunda ainda é algo relativamente novo e pouco estudado.

Para desvendá-lo melhor, os cientistas perfuraram 2,5 km no fundo do mar, além de terem recolhido amostras de micróbios provenientes de minas no continente e buracos com mais de 5 km de profundidade.

Usaram Microscópios que permitem que a vida seja detectada em níveis cada vez menores.

Graças à precisão e o custo decrescente do sequenciamento de DNA, juntamente com avanços nas tecnologias de perfuração em águas profundas, pesquisadores do Observatório Deep Carbon, o grupo com mais de mil cientistas de 52 países, conseguiram fornecer um olhar mais detalhado na composição da biosfera profunda.

Perfurando 2,5 km no fundo do mar e recolhendo amostras de micróbios de minas no continente e buracos com mais de 5 km de profundidade, a equipe usou os resultados para construir modelos do ecossistema nas profundezas do planeta.

Esta sequência de ampliações mostra desde as bolhas quase invisíveis a olho nu até os micro-habitats individuais. [Imagem: Glen T. Snyder et al. – 10.1038/s41598-020-58723-y]

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(a) O gelo inflamável, como coletado no fundo do mar. (b) Detalhe de um dos testemunhos de sondagem. (c) Hidrato de metano depois de aquecido e centrifugado para análise, mostrando óleo em cima e os grânulos contendo os micro-habitats embaixo.
[Imagem: Glen T. Snyder et al. – 10.1038/s41598-020-58723-y]

O Deep Carbon Observatory foi criado para analisar as quantidades, fontes e movimento de carbono dentro da Terra.

Os cientistas dizem que os microorganismos encontrados na crosta oceânica e nas camadas de sedimentos abaixo deles podem desempenhar um papel importante na diversidade microbiana, inserindo-se no genoma dos microrganismos de um modo geral.

A comprovação das bactérias nessas rochas profundas consumiu 10 anos de aprimoramento das técnicas de análise das rochas.
[Imagem: Caitlin Devor/University of Tokyo]

“Você tem tudo o que precisa para criar vida, incluindo energia, água e moléculas ricas em carbono que poderiam ter feito o subsolo, em vez da superfície do planeta, o berço da primeira vida na Terra.

Podemos encontrar tipos totalmente novos de vida à medida que alcançamos maiores profundidades, temperaturas e pressões mais altas. Muito possivelmente, a vida mais profunda da Terra não usa DNA e proteínas da mesma forma que as células normais.

Por analogia, a variedade de bactérias e vírus que vivem neste reino sombrio foi descrita pelos cientistas como uma “Galápagos subterrânea”.

Mark Lever, do Centro de Geomicrobiologia da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, observou que os microrganismos na crosta terrestre usam hidrogênio para converter dióxido de carbono em materiais orgânicos.

Encontrar vida nos ambientes mais hostis da Terra pode criar uma imagem da vida encontrada em outros planetas, como Marte.

Pesquisadores da Universidade de Maryland que estudam micro-organismos em um lago salgado na Antártida em nome da agência espacial norte-americana NASA descobriram variações sutis nas proteínas de bactérias extremófilas em comparação com as de microrganismos comuns.

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​​O MAIOR ECOSSISTEMA DA TERRA VIVE ATÉ 5 KM ABAIXO DO CHÃO

Bibliografia

Revista PLoS One

Inovação Tecnológica

Vida em rocha abaixo do fundo do mar reacende esperança de vida em Marte

Revista Galileu

Ecossistema com quase o dobro de tamanho dos oceanos vive sob nossos pés

O extraordinário mundo dos microrganismos

Artigo: Deep microbial proliferation at the basalt interface in 33.5-104 million-year-old oceanic crust
Autores: Yohey Suzuki, Seiya Yamashita, Mariko Kouduka, Yutaro Ao, Hiroki Mukai, Satoshi Mitsunobu, Hiroyuki Kagi, Steven D’Hondt, Fumio Inagaki, Yuki Morono, Tatsuhiko Hoshino, Naotaka Tomioka, Motoo Ito
Revista: Nature Communications Biology
Vol.: 3, Article number: 136
DOI: 10.1038/s42003-020-0860-1

Artigo: Evidence in the Japan Sea of microdolomite mineralization within gas hydrate microbiomes
Autores: Glen T. Snyder, Ryo Matsumoto, Yohey Suzuki, Mariko Kouduka, Yoshihiro Kakizaki, Naizhong Zhang, Hitoshi Tomaru, Yuji Sano, Naoto Takahata, Kentaro Tanaka, Stephen A. Bowden, Takumi Imajo
Revista: Nature Scientific Reports
Vol.: 10, Article number: 1876
DOI: 10.1038/s41598-020-58723-y

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