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Atualizado 5 de julho de 2025 por Sergio A. Loiola

Pesquisa revelou que pedalar fortalece músculos, melhora sono e em áreas verdes pode trazer mais bem-estar mental. A Pesquisa investigou efeitos psicológicos da prática do ciclismo no Brasil e em Portugal; em ambientes mais arborizados efeitos se potencializam.

A pesquisa de doutorado foi conduzida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), USP.

O ciclismo ganhou popularidade no Brasil como uma modalidade de transporte e de exercício que pode trazer muitos benefícios à saúde.

Por meio de testes com grupos de ciclistas que utilizam diferentes ambientes para a atividade, o estudo mostrou que brasileiros têm o espaço natural como fator determinante na escolha dos locais de prática.

O estudo trabalhou com mais de 700 relatos de brasileiros e portugueses sobre seus hábitos de ciclismo e ambientes de prática – Foto: Cecília Bastos/Jornal da USP

A tese do pesquisador foi desenvolvida no Laboratório de Áreas Naturais Protegidas (Lanp) e contou com o apoio do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).

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Relações entre ciclismo, saúde física, mental e bem-estar

Para compreender as relações entre ciclismo e bem-estar, Barão trabalhou com revisões teóricas e investigações experimentais.

Usando testes psicométricos – instrumentos de avaliação utilizados por psicólogos –, foram realizados questionários presenciais em áreas urbanas, rurais, verdes e protegidas.

A pesquisa indicou que o contato com a natureza é um dos principais motivos de escolha do local para a prática do ciclismo. O tamanho das palavras relaciona-se com a frequência das menções – Imagem: retirada do artigo

Fatores como dados sociodemográficos, hábitos de ciclismo, bem-estar geral, estresse percebido e inclusão com a natureza foram avaliados com base nas respostas de 156 ciclistas amadores.

O momento dessas respostas também foi considerado: a aplicação dos questionários se deu antes, durante e depois da realização da atividade física, com objetivo de verificar possíveis variações nos resultados.

Diz Emerson Barão ao explicar que índices de redução do estresse e de melhoria do bem-estar foram observados em todos os tipos de ambientes analisados.

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Essa condição se reflete na própria maneira de realizar o exercício, já que o contato com a natureza também se mostrou como o motivo principal na escolha dos locais de prática do ciclismo.

De acordo com o trabalho, os participantes, independentemente do local onde estavam pedalando, relataram uma maior percepção de bem-estar ao se imaginarem pedalando em ambientes mais naturais, como trilhas, áreas rurais e parques.

Em contrapartida, as percepções de bem-estar foram mais baixas ao se imaginarem pedalando em ambientes urbanos e rodovias.

Ambientes de prática e perfis de ciclistas

Além dos testes presenciais feitos com ciclistas brasileiros, o trabalho realizou um estudo comparativo sobre os efeitos psicológicos da prática do ciclismo no Brasil e em Portugal via questionários on-line.

Um total de 707 ciclistas participaram da pesquisa, sendo 473 brasileiros e 234 portugueses.

Mesmo que pedalar em diferentes ambientes estivesse associado a benefícios psicológicos em ambos os países, diferenças foram observadas em relação à forma e à intensidade que essas vantagens foram registrados.

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Emerson Barão – Foto: Arquivo pessoal

Enquanto em Portugal o aumento de bem-estar esteve mais relacionado à quantidade de horas pedaladas, o tempo que uma pessoa passa pedalando dentro de áreas verdes apresentou um efeito maior nos brasileiros.

Emerson Barão sugere que a razão disso está nas diferentes dimensões e organizações territoriais dos dois países.

De acordo com o pesquisador, a tese tem características inovadoras ao propor estudar o ciclismo num contexto em que ele é praticado como uma atividade psíquica e não apenas como um exercício físico.

Do ponto de vista ecológico, o maior uso da bicicleta em áreas verdes gera potenciais incentivos à saúde humana e planetária.

A tese Bem-estar de ciclistas em diferentes ambientes: do urbano à unidade de conservação pode ser lida aqui.

Mais informações: barao@ifsp.edu.br, com Emerson Barão

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É Livre a reprodução de matérias mediante a citação do título do texto com link apontando para este texto. Crédito do site Nature & Space 

PEDALAR MELHORA MÚSLULOS, CORAÇÃO, PULMÃO, SONO E A MENTE

Bibliografia

Jornal da USP

Pedalar fortalece músculos, melhora sono e em áreas verdes pode trazer mais bem-estar mental

Acesso a Tese de doutorado

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP,

Bem-estar de ciclistas em diferentes ambientes: do urbano à unidade de conservação

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