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Atualizado 31 de outubro de 2025 por Sergio A. Loiola

A magnífica Teyuna, a Cidade Perdida, é um sítio arqueológico sagrado na Sierra Nevada de Santa Marta, fundada entre os séculos VII e VIII pelo povo indígena Tayrona.

A cidade era um importante centro cultural e comercial, composta por 169 terraços, antes da invasão europeia colombiana. Ficou escondida por séculos e só começou a decair após a invasão espanhola.

Vista de um dos terraços centrais de Teyuna, a Cidade Perdida. Colombia. Foto: Wikipedia

Veremos a seguir a história desse imponente lugar e seu significado na história dos povos originários do continente americano. Em Texto, Imagem e Vídeos.

Você já conhecia a história de Teyuna? Qual a importância desta cidade para a história dos povos originários e a nossa? Deixe seu comentário no final do Texto!

Vídeo 1: Teyuna: A Cidade Perdida da Colombia

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Vídeo 2: Explorando a Cidade Perdida

Vídeo 3: Em busca da Cidade Perdida da Colômbia: Teyuna

Vídeo 4: A Estrada Rumo a Cidade Perdida

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A Cidade Perdida de Teyuna é um sítio arqueológico mítico no coração da selva colombiana, conhecido por seus incríveis vestígios, onde o respeito pelos povos indígenas e pela natureza é fundamental.

A Cidade Perdida é um sítio arqueológico sagrado na Sierra Nevada de Santa Marta. A cidade foi encravada numa cadeia montanhosa isolada do restante dos Andes.

Vista da área central de Ciudad Perdida (“Cidade Perdida”) no nordeste da Colômbia. Foto: Wikipédia

Foi fundada entre os séculos VII e VIII pela comunidade indígena Tayrona, que considerava a Sierra Nevada de Santa Marta seu mar e o coração do mundo.

Teyuna está localizada na face norte da Serra Nevada de Santa Marta, na parte superior da bacia do rio Buritaca, a uma altitude entre 900 e 1.200 metros acima do nível do mar.

Ciudad Perdida consiste em uma série de 169 terraços escavados na encosta da montanha, uma rede de estradas ladrilhadas e várias pequenas praças circulares. A entrada só pode ser acessada subindo 1.200 degraus de pedra através da densa selva.

Trecho da escadaria de pedra que sobe do vale do rio até Ciudad Perdida. Foto> Wikipedia

A Cidade Perdida provavelmente era o centro político da região, localizada às margens do rio Buritaca, e sua população variava entre 2.000 e 8.000 pessoas.

Existem na região outras construções que datam de 650 d.C., ou seja, são ainda mais antigas, mas não há confirmação suficiente sobre se essas construções são da civilização Tayrona ou se mostram que a Cidade Perdida dataria deste ano. 

Pedra com inscrições esculpidas, que se acredita ser um mapa da Cidade Perdida e caminhos que a conectam à região maior. Foto: Wikipedia

O sítio foi oficialmente redescoberto em 1972, mas as comunidades indígenas que vivem na área afirmam tê-lo encontrado muito antes.

Em 1986, foi declarado Reserva da Biosfera e Patrimônio Mundial da UNESCO. A estrutura permaneceu quase intacta, demonstrando a habilidade arquitetônica do povo Tayrona.

A localização e o tamanho das casas eram determinados pelo status social. O líder da comunidade era chamado de mamo.

Vídeo 1: Teyuna: A Cidade Perdida da Colombia

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O que sabemos sobre essas comunidades indígenas?

“Faz parte do território ancestral dos povos Iku (Arhuaco), Kággaba (Kogui), Wiwa e Kankuamo, os povos originais que habitam a Serra há milhares de anos”, descreve o Instituto Colombiano de Antropologia e História (ICANH).

Conforme detalhado pelo Instituto Colombiano de Antropologia e História, a arquitetura Tayrona é caracterizada por sua sinuosidade. As habitações (como a mostrada nesta foto) são cônicas, com paredes de madeira e telhados de palha. Fonte: Instituto Colombiano de Antropologia e História

Os índios Kogi são descendentes diretos dos Tayrona. Hoje, aproximadamente 10.000 deles vivem na Sierra Nevada de Santa Marta.

Essa cordilheira representa para eles a Mãe Terra, o centro de tudo. Eles sempre viveram em harmonia com a natureza.

Frequentemente descritos como tímidos e reservados, eles estão ansiosos para compartilhar sua cultura e modo de vida com os poucos que se aventuram na Cidade Perdida.

Retrato de uma mulher e uma criança da tribo Koguis em um terraço em Ciudad Perdida. Foto: Wikipedia

Eles querem nos ensinar a importância da natureza e de nossa relação uns com os outros. Os Kogi vivem da terra, de forma simples e comunitária.

Nessa comunidade, o “Mamo” desempenha um papel muito importante, pois representa o intermediário entre as forças celestiais e a humanidade.

Retrato de um xamã Koguis em Ciudad Perdida. Foto: Wikipedia

Ele é o guia espiritual que ajuda a manter a harmonia no mundo. Os Kogi falam sua própria língua, o Kawgian, mas alguns deles agora também falam espanhol.

Vídeo 2: Explorando a Cidade Perdida

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Para chegar à Cidade Perdida é preciso caminhar pelo coração da floresta

“A arquitetura Tayrona é caracterizada por sua sinuosidade, pelo uso do círculo como elemento formal, pelos espaços abertos entre os edifícios e pelo gerenciamento constante da circulação e do movimento nas aldeias”, descreve o ICANH. 

O terraço central de Teyuna é o ponto mais alto do local. Foto: National Geographic.

“Desde o final da década de 1980, a violência das drogas e as consequências da guerra civil colombiana interromperam o trabalho arqueológico no local”, embora a pesquisa e o acesso turístico tenham sido retomados em 2006.

Atualmente, o local é acessível por uma complexa caminhada pela floresta tropical – a qual leva de quatro a seis dias e requer a companhia de guias especializados.

Um dos objetos característicos dos locais da cultura Tayrona eram as pedras de amolar. Já outros podiam pesar até 100 quilos, como esses blocos de pedra retangulares que foram arredondados, escavados e revestidos como tigelas. Foto: National Geographic.

Os visitantes que entram na selva têm a oportunidade de contemplar uma “biodiversidade impressionante” que inclui espécies únicas de plantas e animais e de aprender sobre os vestígios de uma civilização que resistiu como pode à conquista espanhola.

Vídeo 3: Em busca da Cidade Perdida da Colômbia: Teyuna

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Recomendações para visitar a Cidade Perdida

  • – O respeito pelo meio ambiente e pelas comunidades indígenas é fundamental nesta trilha.
  •  – A vacina contra a febre amarela é recomendada.
  •  – Calçado adaptado para caminhadas
  •  – Um K-way leve e proteção impermeável para sua mochila.
  • – É altamente recomendável levar repelente de mosquitos, protetor solar e roupa de banho.   

Vídeo 4: A Estrada Rumo a Cidade Perdida

Bibliografia

Wikipedia

Cidade Perdida

National Geographic

Descoberta uma “Cidade Perdida” na selva colombiana: o achado arqueológico é mais antigo que Machu Pichu

Aventure Colombia

Ciudad perdida Guia de Viaje

Política de Uso  

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Teyuna: Cidade Perdida de 650 anos Anterior a Machu Picchu

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