Atualizado 16 de maio de 2025 por Sergio A. Loiola
Brasil pretende apostar na Nova Economia com Plano Nacional dos Data Centers (Redata) e IA movidas a Energia Renovavel, em parceria com as Big Techs, e entrar definitivamente no circulto mundial da Economia Digital.
O plano do Brasil em atrair data Centers e investimento para Inteligencia artificial está vinculado ao plano de transformação ecológica do país, em que cada vez mais a abundância em energias renováveis se torna um atrator estratégico para a nova Economia Digital.

O plano brasileiro de Data Centers (Redata) oferece as big techs que optarem por construir data centers no Brasil entrariam um regime tributário especial.
Em troca, as empresas terão que cumprir certas exigências em termos de sustentabilidade, além de destinar parte do poder computacional para o mercado nacional, e destinar parte da receita a pesquisas na área.
O Plano preve atrair cerca de R$ 2 trilhões em investimentos ao longo de dez anos em data centers.
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Vantagens e desvantagens do Brasil em tecnologia
A indústria de tecnologia brasileira vê uma janela de oportunidade para os data centers. Seja pelo hype da IA, pelo avanço da computação em nuvem ou pela maioria do processamento de dados ser feito no exterior.

[Imagem: Arslan Sajid Raja et al. – 10.1038/s41467-021-25841-8]
Embora tenha uma posição geográfica bastante favorável e grande oferta de energias renováveis e limpas, o país ainda esbarra em uma série de problemas para evoluir seus data centers.
Entre eles, destaque para a alta carga tributária, que pode chegar a ser 45% maior do que em outros países.
Devido à carga tributária, construir data centers e importar equipamentos é, respectivamente, 30% e 45% mais caro que em outros países.
Isso encarece o preço final, e fica mais barato rodar dados de brasileiros em Ashburn (Virgínia), a “meca” dos data centers nos EUA, do que no próprio país.
Para resolver o problema da tributação a Fazenda criará um regime de benefícios fiscais, apelidado de Redata, para isentar investimentos em centrais de dados dos tributos federais, como Pis/Cofins e IPI. Com validade de cinco anos.
O plano, na prática, antecipa os efeitos sobre a cadeia de informática da reforma tributária, recentemente aprovada no País.
“Se a gente pudesse dar um fast forward para 2033, não precisava de política, porque o CAPEX já estaria 100% desonerado. Eu não tô dando benefício fiscal, estou simplesmente antecipando os efeitos da reforma tributária.
Igor Marchesini, assessor especial do Ministério da Fazenda
Entre as grandes vantagens para o Brasil se tornar atraente para investimento em data centers é a abundância em energia renovavel.

O objetivo é transformar o grandes recuros de energia verde em riqueza: atrair empresas que precisem de grandes quantidades de eletricidade e usar o dinheiro gerado para fomentar o ecossistema digital nacional.
Outro aspecto que trava a Economia Digital no país são os custos de equipamanto de computação. Nesse caso, os data centers serão fator de barateamento desses equipamentos:
“Data center, ao contrário do que muita gente imagina, não é um negócio de energia. Data center é um negócio de amortização de computador. E o Brasil é um dos lugares mais caros do mundo para importar computador”. Reflete Igor Marchesin
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Como será o Plano Nacional dos Data Centers (Redata) e IA
O Plano brasileiro para dada centers, IA e Economia Digital concede beneficios para as empresas investirem, e cobra contrapartidas.
1- Sustentabilidade como ‘regra para jogar’:
Os data centers precisarão ter energia 100% renovável e limpa, provavelmente solar ou eólica; alta eficiência energética e hídrica (“zero water”.

Ou seja, ficar no zero a zero em consumo de água), circularidade e neutralidade de carbono (tanto nas emissões diretas quanto naquelas decorrentes da energia comprada).
2- Duas contrapartidas estratégicas:
A) 10% da capacidade dos data centers contemplados deverão ser ofertadas exclusivamente no mercado doméstico, seja para empresas, projetos de pesquisa ou universidades e políticas públicas.
Caso não tenha modelo de negócio que permita a venda, a empresa pode doar. Nesse caso, o cálculo é dobrado. Ou seja, bastam 5%.
B) Contribuição de 2% da receita para o FNDIT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico), dinheiro a ser usado para fomentar pesquisas relacionadas a data centers, como refrigeração líquida e software de otimização do uso de energia.
“Quer instalar Mega data center de 1 Gigawatt para treinar modelo e exportar para fora? Ótimo. Mas 10% dessa capacidade tem que ser ofertada no mercado doméstico.”
Igor Marchesini, assessor especial do Ministério da Fazenda
Com esse passo em direção a infrestrutura básica para a Economia Digital o país dara suporte a outros grandes nichos da economia do seculo XXI, como o desenvolvimento de Inteligência artificial, a Enhenharia Digital, Arquitetura, a Medicina, Física, Biologia, Aviação, Pesquisa em geral, o E-Commerce, a logistica e transporte, e outros.
Países de economia avançada em geral tem mais de 50 % de seu PIB associado a Economia digital. Data centers são as bases desta Economia.
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BRASIL ATRAI R$ 2 TRI EM DATA CENTER E IA COM ENERGIA VERDE
Bibliografia
Radar Big Tech – UOL
O plano de R$ 2 tri para data centers que Haddad mostrará a Amazon e Nvidia