Atualizado 13 de novembro de 2025 por Sergio A. Loiola
Pesquisa com fósseis mostram que dinossauros estavam saudáveis antes do Impacto do asteroide, e poderiam continuar se não fosse a catástrofe. E o declínio dos dinossauros facilitou a dominância dos mamíferos.
A pesquisa foi publicada na revista Science.

O novo estudo descreve um cenário em que os dinossauros estavam diversificados, em boas condições de população e alimentação. O asteroide teria caudado extinção abrupta, levando ao rápido predomínio dos mamíferos.
Veremos a seguir as descobertas desta nova pesquisa e as contribuições para solucionar a história do dinossauros antes a apos o impacto do meteoro. Em Texto, imagens e videos.
Se não fosse o impacto dos asteroides como teria sido a vida dos mamíferos? O que facilitou a sobrevivência dos mamíferos apos impacto? Deixe seu comentário no final!
Vídeo 1: O Asteroide Que extinguiu os Dinossauros Poderia Ser Visto 1 Ano Antes de Atingir a Terra
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A nova pesquisa ajuda solucionar duvidas se os dinossauros estavam foi extintos devido ao asteroide ou se já não estariam debilitados antes.
Desde que os pesquisadores começaram a entender que a extinção em massa dos dinossauros não-avianos ocorrida no final do Cretáceo foi causada por um asteroide, muitos também debatem se esses grupos já estavam em declínio.

Esse debate persiste há décadas, em grande parte porque existem poucos sítios fossilíferos datados desse período preciso fora das planícies do norte da América do Norte, que podem contar apenas parte da história.
Agora, o novo estudo revelou que os últimos dinossauros do Novo México eram saudáveis, diversos e prósperos no final do período Cretáceo, sugerindo que os dinossauros não-aviários não estavam em declínio antes de serem extintos pelo impacto do asteroide.
O estudo corrobora a tese de que a queda de um asteroide na Península de Yucatán, no México, no final do período Cretáceo, há 66 milhões de anos atrás, foi um evento abrupto catastrófico, que levou os dinossauros a um rápido declínio e extinção.

Os autores dataram um sítio no Novo México e modelam a diversidade e o endemismo em torno do impacto do asteroide.
Eles descobriram que os dinossauros não-avianos não estavam em declínio antes desse evento e que foi realmente o asteroide que os dizimou.
O novo estudo corrobora evidências anteriores de que os dinossauros foram dizimados em seu auge e poderiam ainda ter habitado a Terra se não fosse por esse asteroide.
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Havia um rico ecossistema na região do Novo México, do Cretáceo, lar de uma variedade de dinossauros na época
Pesquisadores dataram rochas do sítio fossilífero de Naashoibito Member, no Novo México, que preservou um rico ecossistema do Cretáceo, lar de uma variedade de dinossauros, incluindo o saurópode de pescoço comprido de 21 metros conhecido como Alamosaurus, bem como tiranossauros carnívoros, dinossauros com chifres e dinossauros de bico de pato.

A datação revelou que esse ecossistema existia pouco antes do impacto do asteroide de Chicxulub, sugerindo que os últimos dinossauros do Novo México estavam prosperando antes que a gigantesca rocha espacial trouxesse a morte do céu.
“Pelo menos antes do evento de extinção em massa, eles pareciam estar prosperando”, disse Andrew Flynn , autor principal do estudo e professor assistente do Departamento de Ciências Geológicas da Universidade Estadual do Novo México.
“Há uma fauna diversificada de dinossauros no Membro Nasshoibito, no Novo México, então a população de dinossauros parece estar saudável.”
O asteroide desencadeou um evento de extinção em massa no qual cerca de 75% das espécies vivas foram extintas, incluindo todos os dinossauros, com exceção das aves.
Anteriormente, algumas pesquisas sugeriram que a diversidade de dinossauros diminuiu como parte de uma reestruturação no Período Maastrichtiano (entre 72,1 milhões e 66 milhões de anos atrás) do Cretáceo, com fatores ambientais como as mudanças climáticas tornando os dinossauros mais vulneráveis à catástrofe.
No entanto, outros pesquisadores argumentaram que o asteroide interrompeu uma era de prosperidade para os dinossauros.

Grande parte do que os cientistas sabem sobre o limite Cretáceo-Paleógeno (K-Pg) — as rochas que marcam o fim do período Cretáceo — provém de formações como Hell Creek e Fort Union, nas Grandes Planícies do norte dos EUA, o que significa que existe muita incerteza em relação ao que estava acontecendo em outros lugares.
Os paleontólogos sabiam que a Formação Naashoibito continha os últimos dinossauros não-aviários conhecidos do Novo México, mas a idade precisa desses fósseis era objeto de debate.
No novo estudo, os pesquisadores buscaram resolver essa incerteza combinando dois métodos de datação de rochas.
“Queríamos obter duas maneiras diferentes e independentes de determinar a idade das rochas”, disse Flynn.
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Foram usados dois métodos de datação precisa dos fósseis para afastar as dúvidas sobre o efeito do impacto
O primeiro desses métodos envolvia a medição do decaimento radioativo em isótopos de argônio.
O segundo aproveitava os campos magnéticos: o campo magnético da Terra alterna entre um estado “normal”, quando o norte magnético é norte (como é hoje), e um estado invertido, quando o norte magnético é sul.
Os pesquisadores sabem quando essas inversões ocorreram ao longo da história da Terra, então, medindo a direção do polo magnético nas rochas, eles podem deduzir sua idade.

Os métodos de datação situaram o Membro Naashoibito entre cerca de 66,4 milhões e 66 milhões de anos atrás — o que significa que os dinossauros ali viveram cerca de 340.000 anos antes do impacto do asteroide.
Os pesquisadores também descobriram que os dinossauros do Novo México eram únicos, sugerindo que o oeste da América do Norte possuía bolsões distintos de diversidade de dinossauros.
“Essas estimativas revisadas da diversidade de dinossauros durante o Maastrichtiano ainda não correspondem à abundância do Campaniano precedente — o aparente ápice da diversificação de dinossauros na América do Norte”, escreveu Lindsay Zanno, paleontóloga da Universidade Estadual da Carolina do Norte que não participou do estudo, em um artigo de opinião publicado na revista Science.
“No entanto, as estimativas atuais da biodiversidade do Maastrichtiano ainda são maiores do que as da maioria das outras eras do Cretáceo Superior.”
O novo estudo descreve um cenário em que os dinossauros sofreram uma extinção abrupta com o impacto do asteroide, levando ao rápido surgimento dos mamíferos logo em seguida.

No entanto, ainda não está claro se esse foi o caso em todos os lugares.
“Este trabalho realmente destaca a necessidade de explorar novas localidades, anteriormente pouco estudadas, ao longo deste período incrivelmente importante da história da Terra”, disse Flynn.
“A simples adição de uma nova localidade com fósseis de dinossauros, bem datada, no oeste da América do Norte, nos permite vislumbrar um panorama realmente interessante dos dinossauros.”
Os autores restringiram a datação de uma unidade rica em dinossauros ao sul, o Membro Naashoibito no Novo México, ao final do Cretáceo (aproximadamente 66,4 a 66,0 milhões de anos), preservando alguns dos últimos dinossauros não-avianos conhecidos.
A modelagem ecológica demonstra que os vertebrados terrestres norte-americanos mantiveram alta diversidade e endemismo no final do Cretáceo e início do Paleógeno, com bioprovíncias moldadas pela temperatura e geografia.
Isso contradiz a noção de uma fauna transcontinental de baixa diversidade e sugere que os dinossauros eram diversos e se dividiam em conjuntos regionalmente distintos durante as últimas centenas de milhares de anos antes do impacto do asteroide no final do Cretáceo.
Bibliografia
Revista Science
DOI: 10.1126/science.adw3282
Live Science
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