Atualizado 7 de novembro de 2025 por Sergio A. Loiola
Fossa Marianas, o Lugar Mais Profundo do Oceano tem 11 mil m, Parece com a Lua e Tem Vida. Apesar da grande profundidade O Cineasta e Inventor James Cameron esteve lá.
Uma Missão chinesa recente trouxe novidades surpreendentes.
No fundo do Oceano Pacífico esse abismo é mais estranho do que os filmes de ficção imaginam. Fora da realidade.

“Desolador e parecido com a superfície lunar”.
Foi assim que o cineasta e explorador de National Geographic James Cameron se referiu ao ponto mais profundo nos mares do planeta após comandar uma incursão até lá. ( Cameron foi o criador de “Titanic” e da franquia “Avatar”)
Veremos a seguir como foi a expedição ao abismo mais sombrio do Terra, e o que foi encontrado. Em Texto, Imagens e Vídeos.
Como é possível seres viverem na alta pressão, e sem luz nessa profundidade? Você teria coragem de ir até lá? Deixe seu comentário no final do texto!
Vídeo 1: Pesquisadores da China Encontraram novidades Surpreendentes na Fossa das Marianas
Vídeo 2: Expedições e o que elas Descobriram na Fossas Marianas
Vídeo 3: 11 Criaturas Mais Surpreendentes da Fossa das Marianas
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A Fossa das Marianas no Oceano Pacífico, com 11 mil m de profundidade, é uma depressão oceânica
O Lugar mais fundo dos oceanos é Fossa das Marianas (ou Fossa Mariana), uma depressão oceânica que tem esse nome por estar a leste e a sul das Ilhas Marianas, no Oceano Pacífico Norte ocidental.
A Fossa possui 11 mil metros de profundidade em seu ponto mais fundo no oceano, segundo dados do Serviço Nacional de Oceanos dos Estados Unidos (da sigla NOAA, um órgão oficial do governo norte-americano).

Para se ter uma ideia do quanto abismal é esse lugar, o NOAA esclarece que a profundidade média do oceano é de cerca de 3.682 metros – um número bastante menor.
Já se o ponto mais alto do planeta em terra, que é o Pico do Everest, estivesse dentro da Fossa das Marianas, o topo da montanha não conseguiria atingir a superfície da água.
Isso porque o Everest tem “apenas” 8.848 metros de altura, informa outro artigo de NatGeo sobre o assunto.
A seguir, saiba como é o lugar mais profundo dos oceanos – e também do planeta, que é repleto de mistérios e riscos para quem decide investigá-lo.
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A Fossa das Marianas é uma depressão em forma de arco com 2.540 km, e largura média de 69 km
A Fossa das Marianas é “uma depressão em forma de arco e que se estende por mais de 2.540 km, com uma largura média de 69 km”, descreve a Enciclopaedia Britannica.
Ela está situada nos chamados “territórios das dependências dos Estados Unidos das Ilhas Marianas do Norte e Guam”, e em 2009 foi designada “monumento nacional dos Estados Unidos”, diz a fonte.

Também se sabe que a região coincide com as chamadas zonas de subducção, que são “pontos onde duas placas tectônicas adjacentes colidem, sendo uma forçada para baixo pela outra”. A parte mais profunda do oceano fica no Pacífico ocidental, na extremidade sul da Fossa das Marianas.
Esta área é chamada de Challenger Deep, nome dado para um vale menor que tem “paredes íngremes no fundo da fossa principal”, a sudoeste de Guam, e que é sem luz, praticamente congelado e sofre intensa pressão.
A Britannica, por sua vez, explica que “a primeira tentativa de medir a Fossa das Marianas foi feita em 1875, durante a Expedição Challenger (1872-1876). A sondagem neste momento foi de 8.184 metros perto do extremo sul da fossa, continua a fonte.
Foi apenas em 1957 que um navio de pesquisa soviético chamado Vityaz atingiu um novo recorde mundial para a Fossa.
Sua primeira medição indicou uma profundidade de 10.990 metros no Challenger Deep, mas posteriormente esse dado foi ajustado e “aumentado para 11.034 metros”, detalha a enciclopédia.
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James Cameron conduziu a primeira exploração científica tripulada: O que ele descobriu nesse abismo?
A descida de James Cameron até o ponto mais profundo da Fossa das Marianas aconteceu em 2012 e durou duas horas e meia.
Cameron passou cerca de três horas conduzindo o que foi “a primeira exploração científica tripulada” de seu submarino, o Deepsea Challenger.

Segundo a Britannica, Cameron mergulhou até alcançar 10.898 metros de profundidade.
A subida de volta à superfície durou aproximadamente 70 minutos e foi descrita por ele como “uma viagem e tanto”.
“A expedição foi planejada para que Cameron pudesse passar até seis horas coletando amostras e gravando vídeos no fundo da Fossa”, diz o artigo de NatGeo sobre a incursão.
Mas, ao final, a missão foi interrompida devido, “em parte, a um vazamento de fluido hidráulico que cobriu a janela do piloto do submarino, obscurecendo sua visão”.
Segundo Cameron, ele aterrissou no que parecia ser “uma planície muito macia, quase gelatinosa”. “Depois de me orientar, atravessei essa planície por uma longa distância e, finalmente, subi uma encosta”, completou.

Uma água-viva amarelada com listras vermelho-acastanhadas descoberta durante uma exploração em águas profundas das Marianas, em 2016. Foto de Programa Okeanos Explorer da NOAA
Cameron contou que não viu “nenhum peixe ou qualquer outro ser vivo com mais de 2,5 centímetros de comprimento” durante todo o percurso.
“Os únicos nadadores livres que vi foram pequenos anfípodes” — animais semelhantes a camarões que se alimentam no fundo do mar e parecem ser comuns na maioria dos ambientes marinhos”.
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Vida exotica e escassa, mas o lugar já está poluído por microplástico
Tanto a Britannica quanto outros artigos de NatGeo indicam que quase não existe vida na Fossa Mariana, mas a lama existente no abismo “pode conter espécies exóticas de vida microbiana” que podem ajudar na compreensão do oceano profundo.
No entanto, já se sabe também que, apesar de ser o lugar mais profundo da Terra, a Fossa das Marianas já está contaminada com microplásticos, como indica um artigo da Fundação Nacional da Ciência (US National Science Foundation, cuja sigla em inglês é NSF), uma agência governamental de pesquisa dos Estados Unidos.

Com o crescimento das grandes indústrias e da atividade humana de forma geral, a poluição tem afetado cada vez mais os oceanos ao redor do planeta; e a Fossa das Marianas não ficou de fora.
Infelizmente, mesmo sendo uma região remota e de difícil acesso, estudos recentes indicam que microplásticos, substâncias químicas e outros poluentes resultantes da atividade humana já alcançaram a Fossa das Marianas.
Em um estudo publicado em 2017 na revista científica Nature Ecology and Evolution, os cientistas apontam que substâncias químicas proibidas desde a década de 1970 ainda são encontradas nas regiões mais profundas dos oceanos, detectadas em amostras de anfípodes.
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Vermes, moluscos, mariscos: Vida nas Fossas das Marianas
Contrariando antigas ideias sobre a região, o fundo da fossa abriga diferentes tipos de vida.
Ao realizar observações pela área, cientistas já encontraram espécies como peixes-caracol, crustáceos e pepinos-do-mar.

Como está em um ambiente muito profundo, a alimentação desses animais pode ser uma grande dificuldade, por isso não foram encontradas tantos animais na região.
Em uma mensagem ao site Live Science, Natasha Gallo, pesquisadora da Instituição Scripps de Oceanografia, afirma que os organismos mais comuns na Fossa das Marianas são:
- Pepinos-do-mar: pertencem ao grupo dos holoturóides, medem apenas alguns centímetros e se alimentam de pequenas partículas de matéria orgânica presentes no fundo do mar;
- Anfípodes: são crustáceos semelhantes a camarões, que se alimentam de restos de animais mortos
- Xenofióforos: organismos unicelulares semelhantes a amebas, vivem em profundidades extremas e consomem bactérias e matéria orgânica.

Recentemente, a bordo de um submersível chinês, pesquisadores identificaram milhares de vermes e moluscos a quase 10 km de profundidade na Fossa das Marianas.
O submersível chinês “Fendouzhe” realizou 23 mergulhos na Fossa das Marianas, com uma equipe de cientistas a bordo, ao longo de 2024.
Essas formas de vida sobrevivem em completa escuridão por meio da quimiossíntese. Na fotossíntese, luz solar é a fonte de energia. Na quimiossíntese, são substâncias químicas.
No caso dos animais que vivem na Fossa das Marianas, uma das substâncias usadas como “combustível” é o metano. Lá, ele escapa por fissuras no leito marinho ou é produzido por microrganismos.
Bibliografia
Nature
Jireenyi keemoosinteesii gadi fageenya guddaa boolla hadal keessatti dagaaga.
National Geographic
Qual é o lugar mais profundo dos oceanos? Ele se parece com a superfície da Lua
CNN
Fossa das Marianas: abismo mais profundo da Terra esconde vida e mistérios
Olhar Digital
Cientistas espiam como é a vida no lugar mais fundo da Terra
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