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A hipótese do Planeta Nove surgiu a partir de evidências indiretas. Os astrônomos Mike Brown e Konstantin Batygin do prestigiado Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), sugeriram que as órbitas de certos objetos transnetunianos extremos, como Sedna, indicam a presença de uma super-Terra, com massa entre cinco e dez vezes a da Terra.

A hipótese de sua existência é baseada no alinhamento peculiar das órbitas de alguns objetos transnetunianos, que parecem ser influenciados por um corpo massivo invisível.

Seis objetos distantes no Sistema Solar com órbitas exclusivamente além de Netuno (magenta) todos se alinham em uma única direção e se inclinam quase identicamente para longe do plano do Sistema Solar. A elipse laranja indica a órbita hipotética do Planeta Nove necessária para manter essa configuração. (Caltech/R. Hurt/IPAC)

Outras hipóteses para o Planeta 9

Pesquisas recentes no campo da estatísticas elevaram o grau de possibilidade de existência do planeta 9. Mas outros hipóteses robustas seguem na pesquisa.

EXISTÊNCIA DO PLANETA 9 É UMA CERTEZA ESTATÍSTICA

Representação artística do Planeta Nove. (Caltech/R. Hurt/IPAC)

O pesquisador brasileiro Patryk Lykawka propôs um modelo alternativo, sugerindo a existência de um planeta menor, com massa similar à da Terra, que poderia explicar as irregularidades orbitais.

Além disso, algumas teorias especulam que as perturbações nas órbitas desses objetos podem ser resultado de interações gravitacionais passadas com outros corpos celestes, como estrelas próximas ou planetas interestelares.

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PLANETA NOVE PODE NÃO EXISTIR: ESTRELA INVASORA PODERIA TER MOLDADO O SISTEMA SOLAR EXTERNO

Outra hipótese ainda mais inusitada sugere a presença de um buraco negro primordial em vez de um planeta.

O Observatório Gigante Vera C. Rubin entrará na Busca este ano

Em 2025, o Observatório Vera C. Rubin, no Chile, promete revolucionar a busca. Equipado com a maior câmera já construída, o observatório mapeará o céu do Hemisfério Sul com detalhes sem precedentes.

Mesmo que o Planeta Nove não seja encontrado imediatamente pelo Vera C. Rubin o observatório contribuirá significativamente para o estudo dos objetos transnetunianos, permitindo uma compreensão mais profunda das suas órbitas e, possivelmente, confirmando ou refutando a existência deste mistério, e outros corpos escondidos na Nuvem de Ort.

Maior câmera astronômica do mundo

A câmera astronômica pesa cerca de 3 toneladas. [Imagem: Jacqueline Ramseyer Orrell/SLAC]

Depois de quase 20 anos, do projeto à realização, está pronta a maior câmera digital já construída para a astronomia.

A câmera LSST – sigla em inglês para Levantamento Legado de Espaço e Tempo – será instalada no telescópio Vera C. Rubin, que está em construção no Chile, em uma localidade chamada Cerro Pachón.

A câmera tem aproximadamente o tamanho de um carro pequeno e pesa cerca de 3.000 kg. Sua lente frontal tem mais de 1,5 metro de diâmetro – a maior lente já feita para essa finalidade.

Uma lente secundária, com 90 centímetros de diâmetro, teve que ser especialmente projetada para vedar a câmara de vácuo que abriga o enorme plano focal da câmera.

Esse plano focal é composto por 201 sensores CCD feitos sob medida, e é tão plano que sua superfície varia em não mais do que um décimo da largura de um fio de cabelo humano – os próprios píxeis têm apenas 0,01 mm (10 micrômetros) de largura.

Campo de visão e resolução da LSST. [Imagem: Greg Stewart/SLAC]

Capacidade de capturar detalhes em um campo de visão

A característica mais importante da câmera, porém, é sua capacidade de capturar detalhes em um campo de visão sem precedentes: Seriam necessárias centenas de TVs de ultra-alta definição para exibir apenas uma de suas imagens em tamanho real.

O plano focal da câmera tem uma planicidade impressionante. [Imagem: Andy Freeberg/SLAC]

O que a câmera permitirá fazer?

O objetivo essencial da câmera LSST será mapear as posições e medir o brilho de um grande número de corpos celestes, criando um catálogo do qual os pesquisadores esperam inferir uma riqueza de informações não disponível com os observatórios atuais.

As lentes gravitacionais fracas ajudam os astrônomos a estudar a distribuição da massa no Universo e como ela muda ao longo do tempo – quanto mais distante o fenômeno for observado, mais afastado ele estará no tempo.

Local de instalação da câmera LSST. [Imagem: Rubin Observatory/National Science Foundation/AURA]

Os astrônomos também querem estudar padrões na distribuição das galáxias e como estes mudaram ao longo do tempo, identificando aglomerados de matéria escura e detectando supernovas, o que pode ajudar a aprofundar a nossa compreensão tanto da matéria escura como da energia escura.

O plano inicial é fazer um censo dos muitos pequenos objetos do nosso Sistema Solar, o que poderá levar a uma nova compreensão de como o nosso Sistema Solar se formou e talvez ajudar a identificar ameaças de asteroides que chegam perto demais da Terra.

Política de Uso 

A reprodução de matérias é livre mediante a citação do título do texto com link apontando para este texto. Crédito do site Nature & Space 

PLANETA 9: OBSERVATÓRIO VERA RUBIN INICIARÁ A BUSCA

Fonte

Site Inovação Tecnológica

Maior câmera astronômica do mundo está pronta

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EXISTÊNCIA DO PLANETA 9 É UMA CERTEZA ESTATÍSTICA

PLANETA NOVE PODE NÃO EXISTIR: ESTRELA INVASORA PODERIA TER MOLDADO O SISTEMA SOLAR EXTERNO

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