Atualizado 29 de maio de 2025 por Sergio A. Loiola
Em meio ao ritmo acelerado das grandes cidades, ao acúmulo de estímulos e à crescente cultura do consumo, um movimento silencioso tem ganhado força ao redor do mundo: o minimalismo.
Mais do que uma estética ou uma forma de organização, essa filosofia propõe uma revisão profunda do modo de viver, colocando em xeque o excesso e resgatando o essencial.
Existem varias vertentes no movimento minimalista emergente.
Em geral as pessoas minimalistas buscam mais conexão e harmonia com a natureza, otimização dos espaços e do tempo, rotinas domésticas mais simples, redução da Pegada Ecológica, funcionalidade e o combate ao consumismo.

Nesse processo de reeducação do estilo de vida minimalista, o fundamento é ter maior tempo para viver do que para trabalhar.
Assim, o Minimalismo pode ser estruturado em três perspectivas. Cada um elege o que melhor se adapta em cada momento da vida:
1- Minimalismo como modo de vida, mais proximo a natureza, busca de saúde, bem estar e tempo para viver.
2-Minimalismo como forma otimizada da habitação, otimização de espaços, equipamentos e utensilios.
3- Minimalismo ambientalista, como forma de reduzir a Pegada Ecológica, reduzir a demanda por recursos e os impactos ambientais.

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O Minimalismo virou estilo de vida global
O minimalismo não é exatamente novo, mas sua popularidade cresceu de maneira notável nos últimos anos. Ele propõe a redução consciente de bens, compromissos e distrações para que se possa focar no que realmente importa.
Essa abordagem tem conquistado milhares de pessoas globalmente, especialmente em um cenário onde o excesso material nem sempre resulta em satisfação pessoal.
Adeptos do estilo relatam que o “minimalismo extremo” vai além de “ter menos coisas”. Trata-se de uma postura mental e emocional em relação à vida.

Envolve avaliar com cuidado cada escolha de consumo, repensar hábitos, eliminar objetos supérfluos e valorizar experiências ao invés de posses.
A proposta é viver com o necessário e abandonar a ideia de que felicidade está vinculada à acumulação.
Para muitos praticantes, como influenciadores e especialistas em bem-estar, o minimalismo oferece liberdade.
Ao abrir mão do acúmulo, eles afirmam sentir-se mais leves, focados e em paz.
Alguns dizem que o espaço físico limpo reflete um espaço mental mais organizado, e que a redução de objetos impacta diretamente na diminuição do estresse.
Há ainda quem destaque que o consumo consciente permitiu uma nova relação com o dinheiro, priorizando investimentos de longo prazo e experiências significativas.
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O interesse por uma vida mais conectada à natureza e mais distante da instabilidade das grandes cidades têm despertado o interesse no minimalismo em diversas pessoas por todo o mundo.
Acompanhando a tendência, as tiny houses – mini casa com espaços otimizados também ganharam adeptos no Brasil.
Sub a visão minimalista as Minicasas passaram a ser um estilo de arquitetura procurado por quem quer mudar seu estilo de vida.
Esse novo estilo de vida busca reduzir custo, flexibilidade, conexão com a natureza, maior praticidade.

Bem como colaborar na solução problemas do déficit habitacional e na redução de pegada ecológica, redução na demanda por recursos e impactos ambientais.
Alem disso, casas menores pré moldadas, moveis, produzidas de forma industrial tem aplicação direta em moradia inclusiva acessível e no direito a moradia.
Minimalismo: questões morais, sociais e ambientais
O movimento também toca em questões morais e sociais. Há quem veja no minimalismo uma forma de resistência ao consumismo desenfreado e à lógica do desperdício.
Segundo especialistas em comportamento, essa escolha pode ser impulsionada por um desejo ético de causar menos impacto no planeta e adotar um estilo de vida mais sustentável.

Apesar disso, o minimalismo extremo não é isento de críticas. Alguns apontam que, levado ao pé da letra, ele pode esconder desconfortos emocionais ou servir como fuga de questões mais profundas.
Ainda assim, seus defensores destacam os ganhos práticos e psicológicos, reforçando que não se trata de uma fórmula rígida, mas de uma prática flexível que convida à reflexão contínua sobre o que, de fato, tem valor.
Do cinema para a vida
Por Terezinha Gaia
Quem assistiu “Clube da Luta” vai lembrar de um diálogo dos personagens do Brad Pitt e do Edward Norton:
Compramos coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar as pessoas que não gostamos“, concluindo que “as coisas que possuímos acabam sendo donas de nós.

A boa notícia é que cada vez mais pessoas estão mudando seus estilos de vida de forma a possuírem e consumirem cada vez menos.
Sendo assim, o Minimalismo tornou-se uma opção muito válida para definir um estilo de vida.
O estilo de vida minimalista baseia-se em diminuir drasticamente os níveis de consumo, adquirindo apenas os objetos necessários para uma vida plena.
Mas, além disso, essa forma de viver busca olhar para os prazeres que o consumo desenfreado não compra. Os adeptos do minimalismo priorizam uma vida mais simples e focada em seus reais interesses, realização pessoal e autonomia.
Sanar as dívidas, fazer compras mais conscientes e se desfazer de tudo o que não tem utilidade são algumas atitudes para quem pretende iniciar essa maneira de viver.
Vale lembrar que, de alguma forma, esse tipo de comportamento valoriza o autoconhecimento, criticando a sociedade de consumo, o fetiche da mercadoria e o sistema capitalista.
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É Livre a reprodução de matérias mediante a citação do título do texto com link apontando para este texto. Crédito do site Nature & Space
O MINIMALISMO SE TORNOU GLOBAL: TENDÊNCIA OU MODA?
Bibliografia
Tribuna de Minas
Por Jeferson da Rosa
Minimalismo extremo virou estilo de vida global
Terezinha Gaia
Sergio Almeida Loiola