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Atualizado 22 de dezembro de 2025 por Sergio A. Loiola

USP lança micro fabricas de chips portátil inédita, que pode ser facilmente multiplicada, em investimento recorde para a Instituição, visando a soberania digital.

Com investimento de R$ 89 milhões, maior na história da USP, a PocketFab portátil poderá produzir 60 milhões de chips ao ano.

Imagem mostra uma projeção de como será a fábrica de chips da USP. Imagem: USP. Realçada pela Gemini, IA do Google

Veremos a seguir como é a tecnologia da PocketFab da USP, a fabrica modular de semicondutores inédita no mundo, e o que ela significa para a tecnologia e a indústria brasileira. Em texto, imagens e videos.

Qual vantagem de se ter uma micro fábrica portátil modular para produzir chips? O que significa para o Brasil ter a propria tecnologia de semicondutores? Deixe o seu recado no final!

Vídeo 1: Veja como deve ser a fábrica de chips da USP, a PocketFab

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Vídeo 2: Como uma Única Máquina de US$400 Milhões Está Dominando o Mundo dos Chips

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Ao vez de plantas gigantes, caras e altamente concentradas, a PocketFab usa estrutura compacta e reconfigurável

A Universidade de São Paulo (USP) anunciou o lançamento da PocketFab, apresentada como a primeira fábrica portátil, modular e sustentável de semicondutores do mundo. 

A iniciativa busca inserir o Brasil no mapa global dos chips, setor estratégico que hoje concentra produção e tecnologia em poucos países. 

Imagem mostra uma projeção de como será a fábrica de chips da USP. Imagem: USP

Desenvolvido no InovaUSP, em parceria com a indústria, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o projeto propõe um modelo alternativo ao das fábricas tradicionais.

A ideia: em vez de plantas gigantes, caras e altamente concentradas, uma estrutura compacta e reconfigurável, pensada para aproximar pesquisa, startups e indústria da fabricação de chips.

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Menor, modular, acessível: o novo jeito de fabricar chips proposto pela USP

Na prática, a PocketFab funciona como uma linha piloto de semicondutores que “cabe em qualquer lugar”. Ela reúne, em módulos integrados, etapas que normalmente exigem fábricas de grande porte.

Isso permitiria que universidades e centros de inovação tivessem acesso a processos avançados de fabricação sem investimentos bilionários.

(Imagem: asharkyu/Shutterstock)

Essa estrutura compacta concentra desde a criação dos circuitos até a montagem final dos chips. O processo inclui técnicas de micromanufatura, litografia e metalização, usadas para desenhar os circuitos em lâminas de silício. 

Além disso, inclui empacotamento heterogêneo, que combina vários chips menores, os chamados chiplets, num único sistema mais eficiente.

Para garantir qualidade, a PocketFab também incorpora módulos de salas limpas, ambientes altamente controlados, além de estações de teste e metrologia. 

Isso permite que a fábrica seja usada tanto no desenvolvimento de chips voltados à inteligência artificial (IA) quanto na produção de dispositivos conectados à internet, sensores ambientais e componentes usados em áreas como saúde, automação e indústria. 

Na configuração inicial, a capacidade produtiva estimada é de cerca de 20 wafers por dia. Para quem não sabe: wafers são as lâminas de silício onde os circuitos são gravados. 

Cada wafer pode gerar milhares de chips, dependendo do tamanho. A ideia não é competir com grandes fabricantes globais, mas viabilizar produção contínua, testes e protótipos em escala suficiente para pesquisa e inovação. 

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Projeto mira soberania tecnológica, sustentabilidade e reconstrução da capacidade nacional

A proposta da PocketFab surge num contexto de alerta global. A pandemia expôs a fragilidade das cadeias de chips, que são altamente concentradas.

E mostrou como a falta de semicondutores pode paralisar setores inteiros. Desde então, chips deixaram de ser apenas um insumo industrial e passaram a ser vistos como questão de segurança econômica.

Fábricas tradicionais de chips são estruturas grandes, caras e com alto impacto ambiental, segundo a USP (Imagem: IM Imagery/Shutterstock)

Segundo a leitura da USP, fábricas tradicionais são estruturas grandes, caras e com alto impacto ambiental. E a PocketFab aposta no caminho oposto: reduzir escala e custo para tornar a manufatura mais acessível, replicável e compatível com ambientes acadêmicos. 

A lógica é semelhante à de unidades menores que podem ser multiplicadas, em vez de poucas plantas gigantes concentradas num só lugar. 

A sustentabilidade é outro eixo central do projeto. A fábrica foi concebida para consumir menos energia, usar menos água e produtos químicos e demandar áreas menores de salas limpas. 

Com isso, a USP vê espaço para, no futuro, avançar na certificação de “chips verdes”, alinhando microeletrônica a metas ambientais e climática

Bibliografia

Olhar Digital

Menor, modular, acessível: o novo jeito de fabricar chips proposto pela USP

 Política de Uso  

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USP Lança Inédita Micro Fabricas de Chips Portátil, Facilmente Multiplicada

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